O Senado aprovou o texto do memorando de entendimento entre o Brasil e o Paraguai para a cooperação no combate à fabricação e ao tráfico de armas de fogo, munições, acessórios, explosivos e outros materiais correlatos. O acordo havia sido celebrado em Assunção, em 23 de novembro de 2006 e foi promulgado pelo Senado pelo decreto legislativo 696/2009. O texto foi publicado no Diário Oficial da União de ontem.
Com isso deve aumentar as ações de combate na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai. Segundo a Agência Brasil, levantamento da Polícia Federal aponta que seis das 17 cidades usadas como pontos de entrada de armas ilegais no país estão nas fronteiras de Mato Grosso com a Bolívia e de Mato Grosso do Sul com o Paraguai.
Nas rodovias da fronteira sul do Estado, sobretudo na região de Dourados já foram feitas várias apreensões de armas e munições oriundas do Paraguai pela polícia. O principal ponto de entrada de armas seria a cidade de Pedro Juan Caballero, que faz fronteira com Ponta Porã.
Em função do combate ao tráfico de armas, drogas e também outros produtos contrabandeados, o Ministério da Justiça já anunciou que pretende reforçar a ação na região. Recentemente, foi anunciada a instalação de uma base militar do Exército no Assentamento Itamarati, em Ponta Porã. Mas, o Ministério Público Federal já se manifestou contra.
No local, bem próximo à fronteira, em Ponta Porã e Antônio João, há uma pista de pouso e hangar que poderiam ser utilizados como base para aviões e helicópteros das Forças Armadas. Essas forças ajudariam a Polícia Federal no combate ao tráfico.
Na quarta-feira, durante inspeção à Operação Laguna o assunto voltou à tona. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou que MS é ponto central para as Forças Armadas. Jobim disse à imprensa, durante entrevista coletiva em Campo Grande, que o Exército poderá ter poder de polícia para combater o narcotráfico na região de fronteira. A medida consta em um pacote de leis que será elaborado pelo Governo Federal para reestruturar as Forças Armadas.
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