O investimento pesado do governo Lula na criação de pescado em cultivo já reflete positivamente na economia, comentou o pré-candidato a governador Zeca do PT, ao acompanhar o ministro da Pesca, Altemir Gregolim, em agenda institucional na região da Grande Dourados. Zeca destacou, entretanto, o benefício maior da política nacional para a pesca, que é a diminuição da pressão sobre os estoques pesqueiros dos rios e oceanos a partir do incentivo à criação em cativeiro.
“A criação em cativeiro tem aumentado substancialmente, com isso diminui a captura de peixes nos rios, possibilitando a recuperação dos cardumes”, ponderou. “E a piscicultura é, hoje, uma excelente alternativa de renda para o pequeno produtor rural. Eu mesmo sou um desses pequenos piscicultores. Para se ter uma ideia, o filé do pintado é vendido por 17 euros [cerca de R$ 37] no mercado europeu”, afirmou.
Zeca recepcionou o ministro Altemir Gregolim no aeroporto de Dourados e o acompanha durante toda a agenda pela manhã, que prevê atividades em três cidades da região. Em Dourados, o ministro lança o entreposto de pescado e o Plano de Fortalecimento da Cadeia do Pescado no território da Grande Dourados. Em Itaporã, reúne-se com pescadores e piscicultores e
O Plano
O Plano de Fortalecimento da Cadeia Produtiva do Pescado da Grande Dourados prevê a aplicação de R$ 24,5 milhões, a maioria oriunda dos Ministérios da Agricultura e Pecuária e da Pesca. Outros R$ 10 milhões ainda precisam ser aportados – através de emendas parlamentares – e R$ 1,5 milhão são contrapartida dos produtores. O programa deve ser implantado em três anos, pretende gerar 4 mil empregos diretos em 12 municípios da região.
A piscicultura ganhou impulso a partir da criação da Seap (Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca), depois transformada
Durante o governo Zeca (1999-2006), a política para o setor tinha duas diretrizes: incentivar a criação de pescado em cultivo e restringir a pesca predatória e a pressão sobre os cardumes dos rios, sobretudo da bacia pantaneira. A lei da pesca proibia o uso de petrechos considerados predadores, como joão-bobo e anzol de galho. O atual governador encaminhou outra lei à Assembléia, que foi aprovada, e é considerada predatória porque libera o uso de petrechos e incentiva a dizimação dos cardumes.
Foi durante o governo Zeca que se instalaram
Em 2005, um ano antes de findar o governo Zeca, Mato Grosso do Sul produzia cerca de 8 mil toneladas de pescado em cativeiro ao ano. Das fazendas de piscicultura do Estado saíram 68% do total de filés de tilápia e pintado exportadas pelo Brasil naquele ano, o que demonstra a robustez da atividade e a vasta possibilidade de expansão.
Zeca está convencido de que a piscicultura pode ser uma fonte de renda primordial para os pequenos produtores rurais, como foi o frango em épocas passadas. A partir da criação em cooperativas, conveniadas com frigoríficos como o Mar & Terra, e recebendo assistência técnica do governo do Estado, a piscicultura tem o potencial de mudar a realidade de muitos assentamentos e pequenas propriedades, ponderou o pré-candidato.
Contatos
Além de acompanhar o ministro Altemir Gregolim, Zeca aproveitou a ida a Dourados para manter contatos. Visitou o jornal O Progresso, um dos mais antigos do Estado, e conversou com a diretora Adiles Torres e com os jornalistas. Percorreu um trecho a pé, pelo centro da cidade, sendo bastante assediado pelos populares. Zeca prossegue em companhia do ministro até o fim do dia, participando de outros atos institucionais.
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