A Infraero, empresa que administra os aeroportos do País, anunciou nesta terça-feira que passará a cobrar antecipadamente da Vasp as taxas operacionais que, normalmente, são repassadas ao órgão após os vôos. O valor diário é estimado em R$ 600 mil reais, mas pode ser menor porque a empresa suspendeu algumas rotas.
A medida entrará em vigor a partir da zero hora do dia 13, informou a assessoria da Infraero. Há três meses a Vasp não faz o repasse, somando pendência de R$ 11 milhões de reais que poderá ser cobrada judicialmente, segundo a assessoria. Caso o valor não seja pago, os aviões não levantarão vôo.
A Vasp também está sendo cobrada judicialmente por pendência trabalhista de R$ 14 milhões.
A companhia aérea confirmou nesta terça-feira que demitiu 380 funcionários após ter tirado de atividade seis aeronaves.
"A empresa precisa adequar a malha à nova situação", disse um assessor. As demissões representam cerca de 7% dos mais de 5 mil funcionários da Vasp.
Quem tiver passagens de trechos cancelados terá que pedir endosso de outras companhias, ou retirar uma indenização pelo preço da passagem.
Segundo a Vasp, a crise piorou com o aumento de 40% no preço do combustível este ano. Por isso, já cogita um aumento de 11% no preço das tarifas.
A assessoria de imprensa da companhia informou que as demissões decorrem em função da redução da frota - que caiu de 31 para 25 aeronaves - e da malha aérea da companhia.
A Vasp acrescenta que está negociando com os sindicatos a revisão do compromisso que dá estabilidade de 90 dias aos aeronautas.
Com o novo cenário, o sindicato poderá antecipar para amanhã uma assembléia que inicialmente estava marcada para quinta-feira, dia 7. No encontro também poderá ficar acertada uma nova paralisação dos funcionários.
Invertia
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