Município que tem instaladas três usinas de álcool e açúcar já representa 1% da produção nacional; em dois anos crescimento de 109%
Rio Brilhante já é o segundo maior produtor de cana de açúcar brasileiro. Em dois anos á área plantada cresceu 109,8%. Tal incremento permitiu que o município saltasse da 13ª posição em 2007 para a segunda em 2009. Estes são dados do IBGE, divulgados na semana passada.
Estimulado pelo desenvolvimento do mercado nacional de carros bicombustíveis, o cultivo da cana-de-açúcar ganhou força em 2008 em Estados próximos a São Paulo, principal produtor do país. Enquanto São Paulo aumentou 16,8% sua área plantada, no ano passado,
Rio Brilhante fica atrás apenas de Morro Agudo (SP). Em relação a 2007, o crescimento da produção no local foi de 109,8%, e os 6,2 milhões de toneladas colhidos representaram 1% do total nacional. Uberaba,
ACESSO E DISPONIBILIDADE
De acordo com o técnico da Coordenação de Agropecuária do IBGE, Carlos Alfredo Guedes, a expansão rumo ao Centro Oeste é motivada pela maior disponibilidade de terras, o que torna os preços mais acessíveis nessa região. Ele destaca ainda que o avanço dos canaviais não é significativo na área do entorno do Pantanal, que o governo pretende proteger de novos projetos sucroalcooleiros com o plano de zoneamento enviado ao Congresso.
Mesmo com a expansão rumo ao interior do país, porém, a liderança paulista no cultivo da cana segue absoluta - em 2008, o Estado respondeu por 59,8% da produção nacional. Em seguida vêm Paraná (7,9%) e Minas Gerais (7,4%). Apesar de terem apresentado as maiores taxas de crescimento na área cultivada, Goiás e Mato Grosso do Sul ainda ocupam a quarta e a sexta posições, respondendo, respectivamente, por 5,1% e 3,3% do total produzido no país. Mas o avanço já se faz notar: em 2007, esses percentuais eram de 4,1% e 2,9%.
Mas a expansão da safra nacional, no entanto, não foi acompanhada por um crescimento similar no valor recebido pelos agricultores. Enquanto a produção subiu 17,3% em 2008, atingindo nível recorde, o valor recebido por ela aumentou apenas 2%.
A redução do preço recebido por tonelada foi influenciada pela grande quantidade de açúcar produzido na Índia e pela queda do preço do barril de petróleo, que, depois de chegar a US$ 147, fechou o ano em torno de US$ 40, tornando o álcool combustível menos atraente.
De acordo com especialistas a conjuntura em 2009 está mais favorável para o produtor brasileiro que decidiu investir na cana. Além de uma redução na produção indiana de açúcar, a oferta interna sofreu redução e os preços já apresentaram alta.
Participe do nosso canal no WhatsApp
Clique no botão abaixo para se juntar ao nosso novo canal do WhatsApp e ficar por dentro das últimas notícias.
Participar