A aprovação de projetos que estimulem a contratação de pessoas com mais de 45 anos foi defendida por senadores nesta terça-feira (24).
Em audiência pública para discutir "Políticas de Emprego para os Trabalhadores Experientes (a partir dos 45 anos), o senador Paulo Paim (PT-RS) lembrou que uma proposta sua com tal objetivo tramita na Câmara dos Deputados.
O PLS 126/05 (que tramita como PL 6930/06 na Câmara) institui o Programa Nacional de Estímulo ao Emprego de Trabalhadores Experientes (PNETE) para criar postos de trabalho para pessoas com mais de 45 anos.
Segundo Paim, a proposta foi incorporada a um substitutivo do deputado Roberto Santiago (PV-SP), que juntou várias propostas sobre o mesmo assunto.
O objetivo é fortalecer políticas públicas para que o trabalhador com mais idade tenha mais oportunidades no mercado de trabalho - explicou Paim, autor do requerimento para a audiência pública da Subcomissão Permanente em Defesa do Emprego e da Previdência Social, que funciona no âmbito da Comissão de Assuntos Econômicos (CAS).
O senador Vicentinho Alves (PR-TO) defendeu a aprovação do projeto de Paim "para que o Brasil possa conviver com pessoas mais preparadas e mais qualificadas para dar uma contribuição maior".
O mundo inteiro busca os trabalhadores com mais de 45 anos, pois estão no auge de suas carreiras, mas no Brasil o entendimento é de que os mais experientes têm que se aposentar e encostar-se - disse.
O senador Casildo Maldaner (PMDB - SC) informou ter apresentado projeto (PLS 188/11) para permitir ao aposentado que voltar a trabalhar um posterior aumento de seu benefício. Ao voltar a contribuir com a Previdência Social, o aposentado agregaria esse novo valor à aposentadoria, "sempre observando o teto da Previdência", explicou.
Voltando a trabalhar, o cidadão volta a contribuir para a Previdência e, assim, ganharia um plus na sua aposentadoria - explicou Casildo Maldaner.
Para Ataíde Oliveira (PSDB-TO), a solução está na ampliação da qualificação de mão-de-obra pelo Sistema S (Sesi/Sesc/Senac). Empresário do setor da construção civil, o senador afirmou que em outros países, o profissional mais experiente é muito valorizado, enquanto que no Brasil, a falta de reconhecimento está justamente no problema da qualificação.
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