As cinco noites e uma matinê do Sidro Folia 2011, Carnaval que a Prefeitura de Sidrolândia organizou na Rua Aquiban custou aos cofres públicos R$ 128 mil, dinheiro gasto no pagamento da estrutura de tendas e camarotes montada e dos cachês das três bandas e um DJ que se revezaram para animar os foliões que se dispuseram a sair de casa para aproveitar a festa.
O valor é quase o dobro dos R$ 72 mil que serão pagos ao longo de um ano para o Hospital Evangélico, atender a população em Campo Grande e quase 30% dos estimados R$ 600 mil que serão gastos com o fornecimento de merenda escolar aos alunos da rede pública.
Em princípio o valor gasto pode até não parecer muito diante de uma receita municipal calculada em R$ 6 milhões por mês, mas é significativo diante dos R$ 72 mil que prefeitura reservou em seu orçamento para pagar ao Hospital Evangélico (instituição pertencente ao ex-deputado Antônio Cruz) na capital por exames e consultas de médicos especialistas que não são disponíveis na rede de saúde pública da cidade.
São exames como tomografia computadorizada, ressonância magnética, mamografia, eletrocardiograma, eletroencefalograma, além das consultas. O extrato do convênio entre o município e a ASSISTE (Assistência Social e Cultura Evangélica) foi publicado na edição do dia 04 de março do Diário Oficial.
O montante dos recursos dá direito a um determinado número de procedimentos, o que naturalmente, limita a quantidade de atendimentos. A prefeitura enfrenta dificuldades para contratar médicos de algumas áreas como ortopedia.
Atualmente só há um profissional desta área atendendo a população duas vezes por mês em consultas ambulatoriais, com salário em torno de R$ 10 mil. O agendamento de consultas pode demorar até dois meses. Os casos de urgência mais complexos obrigatoriamente são enviados para a Santa Casa em Campo Grande.
Recentemente a reportagem do Jornal Eletrônico Região News foi procurada pela Srª. Ângela Maria de 34 anos que ao procurar atendimento médico na especialidade de ortopedia, foi lhe informado que sua consulta só poderia ser marcada para o final do mês de maio, ou seja, mais de 90 dias de espera pelo atendimento. A paciente enfatiza que por motivos de problemas na coluna e esta sem poder trabalhar.
Srª. Ângela Maria é moradora no Bairro São Bento e afirma estar passando por necessidades por estar a meses sem poder trabalhar devido seu problema de saúde. “Relutei muito para procurar a imprensa, mas existe determinado momento da vida que temos de engolir o orgulho e priorizar a sobrevivência”, desabafou.
Região News
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