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Brasil

Política agrícola do Centro-Oeste é discutida na FAMASUL

22 Mai 2007 - 17h10
Kelly Venturini
 
 
Uma nova estratégia de negociação junto ao governo federal deve ser delineada pelos produtores rurais da região Centro-Oeste depois que os membros da Comissão de Agricultura e a subcomissão de Política Agrícola, Endividamento e Renda da Câmara Federal encerrarem as discussões com a classe produtora dos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.
Uma grande discussão aconteceu na noite de ontem (21) na Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande, e reuniu além de produtores, presidentes de Sindicatos e entidades deputados da Bancada Ruralista da Câmara Federal e deputados estaduais representantes da Bancada do Agronegócio de Mato Grosso do Sul.
 
A reunião que foi coordenada pelo presidente da entidade, Ademar Silva Junior, juntamente com o vice-presidente da Comissão de Agricultura da Câmara, deputado federal Waldir Neves (PSDB-MS) colocou em discussão o endividamento da classe produtora e a política do governo federal destinada ao setor entre outros importantes temas.
 
Satisfeito com a ampliação da bancada federal e a presença de tão importantes lideranças do setor, Ademar encaminhou os trabalhos destacando o empenho dos deputados Estaduais que a exemplo da bancada federal buscaram ampliar a representatividade da classe no Estado criando a Frente parlamentar do agronegócio. Segundo Ademar “Essa bancada já está fazendo, e sem duvida alguma, fará ainda mais diferença na busca por soluções para o setor!”. Ademar finalizou destacando ser preocupações da entidade além do endividamento do setor, as questões fundiárias e indígenas.
O vice presidente da Famasul, Eduardo Riedel fez uma breve explanação sobre o endividamento destacando ser este um problema que vem se construindo ao longo dos últimos dez anos, e que depois da securitização e das varias fases atravessadas chega a este momento classificado por ele como ‘critico’.
Surpreso com a chegada do governador André Puccinelli (PMDB), o deputado Waldir Neves interrompeu Riedel para convidar o governador para compor a mesa que se refez logo em seguida.
Riedel concluiu sua participação apresentando os números da divida agrícola no País, e transparências que traziam analises e dados do aumento dos custos de produção nos últimos anos. “Numa situação cambial onde o real tem se valorizado frente ao dólar, nosso produto vem perdendo valor em reais e o custo de produção tem aumentado. A variação de custo do adubo em relação ao ano de 2006 é em media 20% mais caro, e em relação ao ano de 2002, mais de 50%” destacou finalizando com um alerta aos deputados “O fato é que o produtor rural não tem a menor condição de honrar com os seus compromissos este ano... Esta situação já estava prevista desde o ano passado quando da realização das mobilizações que culminaram com a decisão do governo federal de prorrogar as nossas contas nas taxas de juros que estavam em vigência e que só vem aumentando o compromisso do produtor rural”.
Demonstrando o total descontentamento com a forma como o Governo Federal vem trabalhando as questões do setor produtivo o deputado Ronaldo Caiado (DEM/GO), presidente da Subcomissão de Política Agrícola, Endividamento e Renda Rural da Câmara Federal, disse que "este é o momento de cobrar", se referindo ao posicionamento da bancada ruralista.
 
A saída, segundo ele, pode ser trancar a pauta de votação de matérias de interesse da área econômica do governo Lula, como por exemplo, a prorrogação da CPMF, para que as reivindicações, consideradas ‘urgentes’ sejam atendidas ou ‘no mínimo ouvidas’.
 
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), deputado federal Homero Pereira, destacou que o endividamento do setor agropecuário é crescente. "Não queremos fazer lobby. Queremos mostrar a realidade, apenas. Vamos apresentar uma proposta unificada e, se não formos atendidos, vamos realizar um grande movimento... Estamos em assembléia permanente", disse Pereira.

Segundo Pereira, que também coordena a Comissão de Endividamento da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o setor teve uma queda de 46%. Segundo ele só a soja com resultados negativos, em duas safras consecutivas, acumula um prejuízo de mais de R$ 2 bilhões.
 
Os produtores querem reverter esta situação considerando que são responsáveis pelo sucessivo superávit da Balança Comercial. "É a maior transferência de renda do setor produtivo para o setor financeiro que já se viu nos últimos anos no País", constatou.
 
Pereira afirmou ainda que a conta não fecha e é considerada ‘impagável’ pelos produtores. Ele finalizou observando que a dívida do setor em Mato Grosso que vence este ano ultrapassa os R$ 4 bilhões.
 
O deputado federal Luís Carlos Heinz (PP-RS) que é relator da Subcomissão de Política Agrícola, Endividamento e Renda Rural da Câmara Federal iniciou observando a importância da presença e parceria ali estabelecida com o governador André Puccinelli “Seguramente o André é uma pessoa que vai somar muito positivamente nesse processo” destacando a uniãdestacando a univai somar muito positivamente nesse processodo, tuaçagronegas questo de forças das lideranças políticas em torno dos problemas da classe produtora.
 
Heinz destacou a importante participação do deputado Federal Sul Matogrossense Valdemir Moka (PMDB) nas negociações de 2001 que culminaram com a renegociação das dividas agrícolas para pagamento em vinte e cinco anos. “Naquela oportunidade nós acreditávamos que tínhamos acertado a situação da agricultura e que não discutiríamos o assunto, pelo menos, pelos próximos vinte anos ... Suportamos 2001, 2002, 2003, 2004 ... e quando vem 2005 e 2006 já estamos nós falamos em renegociação de novo!”  Heinz observou que mesmo no alto dos seus mais de 30 anos de atuação na área equivocou-se neste caso e que a culpa pela situação atual é da ausência por parte do Governo Lula (PT), de uma política especifica para o setor.
 
O relator concluiu observando que o setor deve colocar pressão no Governo Federal não só em relação as dividas já contraídas, mas também as futuras, condenando as medidas paliativas tomadas pelo presidente Lula até hoje e anuncio ser a data limite para estas discussões o mês de junho, quando inicia-se o plano safra “Temos que contar com a força da união da classe por que o Governo Lula está muito forte e não está ‘nem ai pra nós’” concluiu.
O deputado estadual Reinaldo Azambuja (PSDB-MS), líder da Bancada do Agronegócio no Estado destacou a importância da participação e esclarecimento de posições por parte da Bancada Ruralista e classificou como inédita a participação do Governo do Estado “Muito proveitosa a discussão, inclusive a participação do Governador que nos garantiu que usará de seu prestigio político para reivindicar junto ao Governo Federal uma política agrícola duradoura, que resolva o passivo do endividamento agrícola que ultrapassou nos últimos dois anos os 45 bilhões de reais”.
 
Segundo Azambuja o setor há anos não contabiliza e nem tem perspectivas de ganhos. “O governo federal só vai se sensibilizar quando nos mostrarmos a nossa força... e ontem à união do Governador com a bancada federal e Estadual nós pudemos prever que teremos um resultado positivo em breve” completou o deputado que classifica a crise como sendo de rentabilidade.
 
Reinaldo destacou o posicionamento do Governador do Estado em relação à reivindicação apresentada pela bancada do Agronegócio com referência a pauta fiscal “Recebemos do Governador uma resposta muito positiva... Ele [André Puccinelli] reduziu a pauta e nos garantiu que uma equipe técnica estará se reunindo, a cada trinta dias, com a Famasul para discutir e alinhar esta pauta com o preço real do produto naquele momento, observando de perto sua oscilação, garantindo mais tranqüilidade para o produtor.” No caso de uma oscilação brusca Azambuja explicou que a entidade e o Governo podem adiantar essa reunião mensal e que a frente estará acompanhando as reuniões de perto.
 
Seguindo os tópicos sugeridos pela Famasul quando da primeira reunião da Frente Parlamentar Reinaldo contabiliza um saldo positivo até o momento. “Estamos tendo ótimos resultados

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