O presidente da sigla, Michel Temer, classificou a adesão como "histórica", mas fez questão de ressaltar que o PMDB fará parte do governo apenas enquanto o presidente cumprir o compromisso fixado com a agenda mínima. "Neste momento, devemos reafirmar que nosso compromisso é com esse princípio programático. Se o compromisso for adiante, continuamos, se não, nos reuniremos de novo", disse.
O apoio do PMDB foi aprovado após o presidente Lula apresentar uma agenda mínima de propostas composta por sete ítens. Os principais deles são o compromisso com a reforma política, com a reforma tributária e com um crescimento de 5% nos próximos cinco anos.
Apesar de alguns pontos de discórdia, a reunião que decidiu o apoio ao governo hoje foi tranqüila. O ex-presidente José Sarney fez questão de dizer que "nunca viu uma reunião como esta, com um ambiente que confluísse todas as vontades para o mesmo objetivo". "Afinal sempre tínhamos um partido de tensões e diferentes visões", completou.
Sarney também lembrou que o PMDB estava fazendo uma coalizão com o presidente da república e não com o seu partido, o PT. "Sem o PMDB este país não terá equilíbrio e governabilidade", disse.
O presidente do PMDB explicou ainda o novo momento político: "a coalizão é uma conjugação de forças políticas para governar o País". O presidente da sigla criou também um novo termo, o presidencialismo parlamentarista, em que o partido vitorioso não tem a maioria e que para compô-la começa a correr atrás de outros partidos.
Outro lado
Um dos poucos a declarar abertamente a sua posição contrária ao governo de coalizão, Jarbas Vasconcelos, disse que a aprovação da idéia foi mais um erro da legenda. O ex-governador disse não acreditar nos termos da coalizão e do governo. "O PMDB vem cometendo uma série de erros há muito tempo e está cometendo mais um ao se alinhar ao governo", disse.
Terra Redação
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