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Pecuaristas de Jateí já trabalham com hemoepatia bovina

12 Ago 2004 - 09h01
O CMDR (Conselho Municipal d e Desenvolvimento Rural de Jateí), presidido por Célio Aparecido Balasso, realizou, recentemente, um curso de homeopatia bovina, visando capacitar produtores rurais e familiares do município. O curso, que teve uma clientela formada por 15 participantes, foi ministrado pela terapeuta em tratamento natural e mestranda em nutrição, Maria Joana D’Arc, da cidade de Naviraí.
O treinamento teve dois dias de duração, realizado no Centro Social de Jateí, quando os participantes aprenderam a fabricar pomadas, carrapaticidas, como efetuar o tratamento de mastites, verrugas, bactérias do casco, diarréia, estresse, entre outros. Todos os “remédios” são fabricados com produtos naturais, com as receitas manipuladas pelos próprios participantes do curso.
Segundo Célio Balasso, o curso foi desenvolvido através de um convênio entre o CMDR e o Pronaf, visando principalmente atender aos pequenos produtores rurais, que têm um alto custo na compra de medicamentos para o tratamento dos animais. “Agora, todos poderão fabricar os medicamentos, utilizando-se de recursos naturais”, destaca o presidente, lembrando que nos próximos dias, será oferecida mais uma etapa do curso.
PRODUTOS NATURAIS
Conforme explica a instrutora Maria D’Arc, o curso ensina sobre repelentes naturais orgânicos e aproveitamento das ervas condimentares, utilizados na melhoria do produto e da qualidade de vida vegetal e animal.
Ela cita que, na fabricação dos “remédios”, foram usadas plantas como a beladona, para a febre animal; napiê, como carrapaticida; salsa-parrilha, para aumentar a sexualidade das fêmeas; carvão vegetal, para animais em coma; arnica, traumas e contusões; cânfora, traumas e dores, principalmente após operações cirúrgicas; calcarea, para fratura, na ação marcante no tecido ósseo; bálsamo, como cicratizante do sistema digestório; caroço de abacate, para diarréia e hemorragia; casca de aroeira, como infusão para diarréia cicatrizante; babosa, úlceras cicatrizantes; carqueja, desinfetante; tuia, usado em tumores; cidreira e citronela, como carrapaticida; cravo, antibacteriano na quiboa; cinza, ajuda a expulsar a cria; amora, grande quantidade de proteína, que pode enriquecer a alimentação dói animal e, com isto, produzir mais leite.
APLICAÇÃO
A ministrante mostra também, quais as formas corretas de aplicação dos medicamentos. Segundo ela, podem ser de usos interno e externo. O primeiro, é a administração de medicamentos pelas aberturas naturais do organismo: via oral, retal ou vaginal. O uso externo é feito pela superfície externa do organismo, podendo ser injetável ou de uso tópico.
No caso de prevenção, Maria D’Arc usa como exemplo a ordenha de vacas leiteiras. Conforme ela explica, antes da ordenha as tetas das vacas devem ser lavadas e higienizadas com tintura de carqueja diluída na água, para desinfectar o úbere da fêmea. Depois, devem ser enxugadas com toalhas descartáveis de papel. Deve haver uma vigilante em cima da mastite, infecção interna da glândula mamária.
Quanto às plantas medicinais, a instrutora lembra que foram muito utilizadas pelos nossos antepassados. “É importante saber que, para uma planta ser considerada medicinal, ela deve ter sido indicada por pessoas entendidas no assunto”, alerta ela. Também, o uso contínuo de uma mesma planta deve ser evitado. “Recomenda-se períodos de uso máximo entre 21 e 30 dias, dando descanso entre quatro e sete dias, permitindo repouso ao organismo”, esclarece.
Como advertência, a instrutora afirma que as plantas com mau aspecto não devem ser utilizadas, como também não devem ser colhidas em beira de estradas, “porque estão contaminadas pela poeira e gases”.
Finalizando, Maria D’Arc reafirma que a fitoterapia no tratamento preventivo é muito importante. “A semente de abóbora e o tronco e folhas da bananeira são usados como vermífugos. Já a folha da goiaba e a bananas verde, como antidiarréicos. Assim, produzir alimentos orgânicos hoje é vender saúde e um negócio altamente rentável, basta experimentar para comprovar”, conclui a mestranda em nutrição. Cláudio Xavier. 
 
 
Diário do Campo

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