Uma mulher de 44 anos acusa a Escola Estadual Delmira Ramos dos Santos, localizada no bairro Coophavila II, em Campo Grande, de praticar racismo contra seus dois filhos, uma adolescente de 15 anos e um garoto de 13. A denúncia de crime racial foi registrada no dia 28 de junho, em uma delegacia da Capital.
Conforme depoimento da mãe, os dois filhos estudavam a dois anos na escola. Por diversas vezes eles sofreram injúria por parte dos alunos do colégio, que usavam apelidos e xingamentos contra os irmãos, como: “o seu cabelo é feio pra fazer bombril”, “sua pele é pra fazer carvão”, “a carne pra fazer comida de porco”, “pretos fedidos”, “frango de macumba”, “urubu”.
Na verdade essa prática racista, também considerada uma forma de bullying – intimidação de alunos, através de xingamentos ostensivos e colocação de apelidos, além de força física –, era uma rotina diária enfrentada pelas crianças toda vez que entravam na escola.
A mãe relata que procurou a diretora da escola várias vezes, mas ela fazia pouco caso, de acordo com a ocorrência. Em uma das vezes, a diretora chegou a insinuar que o adolescente de 13 anos era bandido.
Como havia inércia por parte da escola em resolver o problema, a mãe dos dois adolescentes decidiu informar o caso à imprensa. Depois disso, a denunciante foi chamada pela diretora do estabelecimento de ensino para prestar esclarecimentos sobre esta atitude.
Em tom exaltado, conforme denúncia formulada pela mãe em boletim de ocorrência, a diretora começou a conversar em voz alta com a denunciante, momento em que a acusou de desacato.
Por causa de todo esse problema, a adolescente de 15 anos parou de frequentar a escola. No local só estuda o menino de 13 anos.
A reportagem do Campo Grande News entrou em contato com a escola, mas não obteve resposta.
Lei - Em Mato Grosso do Sul existe a lei 3.887, de 6 de maio de 2010, que dispõe sobre o programa de inclusão de medidas de conscientização, prevenção e combate ao bullying escolar no projeto pedagógico elaborado pelas instituições de ensino.
Pela lei promulgada, o programa consiste na capacitação de docentes e equipe pedagógica para a implementação das ações de discussão, prevenção, orientação, solução e inclusão de regras contra o bullying no regimento interno das escolas públicas e privadas sul-mato-grossenses.
Apesar de não haver números oficiais, a prática de atazanar colegas – muitas vezes confundida por pais e educadores com uma simples brincadeira – já envolve 45% dos estudantes brasileiros, segundo estimativa do Cemeobes (Centro Multidisciplinar de Estudos e Orientação sobre o Bullying Escolar), organização com sede em Brasília (DF). O índice está acima da média mundial, que variaria entre 6% e 40%.
Ranking - Pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística) realizada nas capitais brasileiras mostra que Campo Grande ocupa a oitava posição no ranking com mais vítimas de bullying, com 31,4%.
À frente de Campo Grande estão Brasília (35,6%), Belo Horizonte (35,3%), Curitiba (35,2%), Vitória (33,3%), Porto Alegre (32,6%), João Pessoa (32,2%) e São Paulo (31,6%).
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