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Leia o artigo “Sejamos Brasileiros Sempre”, por Wagner Cordeiro

9 Jun 2010 - 11h36Por Wagner Cordeiro Chagas

 SEJAMOS BRASILEIROS SEMPRE

 

 

Wagner Cordeiro Chagas

 

Restam poucos dias para o início de um dos mais importantes eventos esportivo do planeta, a Copa do Mundo da FIFA, que este ano será realizado na África do Sul. Devido a isso já percebemos nas ruas, comércio, escolas, praças, veículos e no semblante das pessoas a ansiedade pelo ponta pé inicial dos jogos. Bandeiras nacionais, cartazes, camisetas, bonés, entre outros assessórios já são vendidos e utilizados em todo Brasil , apresentando com isto, o sentimento patriótico que ainda existe em nosso povo.

 

 

Esse espírito de torcida pela seleção de jogadores de futebol que representa nosso país, desperta algumas curiosidades. É interessante notarmos como o povo brasileiro eleva a demonstração de amor ao Brasil, até parece que somente agora estão se descobrindo pertencentes a esta nação.

 

 

Acalme-se amigo leitor, não é uma crítica que faço, mas sim uma observação, pois, assim como todos os habitantes desta gigantesca pátria amada, apesar de o futebol não ser uma das minhas paixões (sou um corintiano moderado), torço muito para que nossos representantes no mundo futebolístico tragam-nos a sexta taça do mundial e muita alegria aos nossos corações.

 

 

Para discutirmos essa questão de patriotismo, é preciso primeiramente, observemos qual o significado da palavra pátria. Dentre algumas definições, encontra-se a que explica o termo como sendo a terra natal a que pertencemos, a qual nos sentimos ligados por vínculos culturais, afetivos e históricos, onde existe um idioma comum falado por todos os que a habitam.

 

 

Sendo assim, podemos afirmar que o Brasil é a nossa pátria e que para ela devemos desejar o melhor, pois quem a constrói não são somente os grandes heróis, como a historiografia tradicional costuma divulgar, mas também aqueles que lutam dia a dia, sol a sol, pela construção de um país digno para seus filhos.

 

 

É relevante notar que ao longo de nossa história republicana alguns governantes aproveitaram-se da oportunidade de exaltação da nação, demonstrado em anos de Copa, para destacar suas gestões e mascarar os regimes políticos autoritários que impuseram ao Brasil. É o caso do governo ditatorial de Getúlio Vargas, nos anos de 1937 a 1945, intitulado Estado Novo e, o governo de Emílio Garrastazu Médici (1969-1974), na época da Ditadura Militar.

 

 

Conforme o historiador Eliazar João da Silva, em sua obra A taça do mundo é nossa: o futebol como representação da nacionalidade, o bom desempenho da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1938, sediada na França, serviu de embasamento para o governo Vargas consolidar o regime político implantado um ano antes. Em outras palavras, o chefe do executivo federal utilizou-se dos bons momentos do futebol nacional e do destaque do país no exterior para demonstrar um Brasil imponente, com uma população alegre e sem problemas. Enquanto isso, por outro lado, escondia-se a ditadura estadonovista, inspirada em ideias fascistas, que prendia estudantes, reprimia os movimentos de luta pela liberdade política, caçava e executava pessoas consideradas subversivas.

 

No mundial do México de 1970, ano em que a seleção de Pelé e seus companheiros conquistaram o tri-campeonato, o país experimentava outro regime de exceção, dessa vez, os chefes de Estado eram os generais do Exército, que administravam a nação desde o golpe de 1964. Nesse ano, o governo do general Médici, considerado o mais autoritário daquele período, fez questão de explorar a ocasião para, através da propaganda governamental, passar a imagem de uma nação de economia forte, estável em termos políticos e justo socialmente, com slogans famosos, como “Ninguém segura este país” ou “Brasil, ame-o ou deixe-o”.

 

 

Entretanto, esse Brasil glorioso mostrado nos anúncios de publicidade, não era visto nas sedes de departamentos de repressão política, onde pessoas que lutavam por cidadania eram torturadas das mais bárbaras formas e também assassinadas.

 

 

Apesar disso, observa-se que o povo nunca perdeu o amor pela terra brasileira. Basta lembrar-se de dois episódios recentes de nossa história para comprovar isso: a campanha das Diretas Já e o Fora Collor. Entre 1983 e 1984, multidões saíram às ruas empunhando a bandeira nacional e cantando o hino, para exigir eleições diretas para presidente da República e o fim do autoritarismo.

 

 

Em meados de 1992, no calor da crise política vivida pelo governo Fernando Collor, estudantes, em várias cidades saíram em marcha pelas ruas com o rosto pintado de verde e amarelo (Caras Pintadas) clamando pela saída do chefe da nação e demonstrando repúdio a corrupção.

 

 

Lamentavelmente, exceto em tempo de Copa do Mundo, de alguns anos para cá não se percebeu mais esse patriotismo. É esperar para ver. Encerrados os jogos da seleção brasileira, o clima de brasilidade esfria, as bandeiras são guardadas para o próximo torneio e tudo volta ao normal.

 

 

Mas espere aí, logo que encerrar o mundial de futebol, o Brasil iniciará outra disputa, dessa vez, a das campanhas eleitorais, para escolher o novo presidente da República, governadores, senadores, deputados federais e estaduais, uma verdadeira fe

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