“Apesar da má formação, trata-se de um ser humano. Entendemos que o feto anencefálico não tem condições de sobrevivência fora do útero materno, mas se trata de um ser vivo”, disse Dom Odilo Sherer, secretário-geral da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que participou ontem à noite do programa "Diálogo Brasil", da TV Nacional, nos estúdios da TV Cultura, em São Paulo. Dom Odílio acrescentou a que a vida deve ser respeitada enquanto vida e não pela chance de sobrevida.
“A questão da vida ou da morte deve ser deixada ao curso natural. Dizer que a vida começa depois do nascimento me parece impraticável no contexto cientifico que estamos vivendo”, acrescentou Dom Odilo Sherer.
Durante o debate sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal de liberar a interrupção da gravidez nesses casos, o presidente da União dos Juristas Católicos, Paulo Leão, seguiu a linha de raciocínio de Dom Odilo. “Como em outros casos envolvendo o aborto, há uma vida humana que deve ser respeitada, sem se considerar a possibilidade de duração maior ou menor dessa vida. A dignidade da pessoa humana prescinde a duração de sua vida”, disse.
O ginecologista e deputado federal José Pinotti, que também participou do programa da TV Nacional, informou que de cada mil partos, um é anencefálico. Mas acrescentou que as estatísticas não são seguras, porque ocorrem abortos durante o período de gestação. A causa da doença, segundo ele, está relacionada à falta de ácido fólico, ocorrendo em pessoas que sofrem de desnutrição ou não se alimentam adequadamente.
Segundo Débora Diniz, doutora em Antropologia e pós-doutora em Bioética, e que também participou do programa, nenhuma mulher das que acompanhou teria se arrependido de interromper a gravidez neste caso. “Nós não temos anencéfalos entre nós. Chamar de criança alguém que vive por sete minutos é uma tortura para as mães. O que essas mulheres precisam é de conforto espiritual neste momento”, disse.
“A questão da vida ou da morte deve ser deixada ao curso natural. Dizer que a vida começa depois do nascimento me parece impraticável no contexto cientifico que estamos vivendo”, acrescentou Dom Odilo Sherer.
Durante o debate sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal de liberar a interrupção da gravidez nesses casos, o presidente da União dos Juristas Católicos, Paulo Leão, seguiu a linha de raciocínio de Dom Odilo. “Como em outros casos envolvendo o aborto, há uma vida humana que deve ser respeitada, sem se considerar a possibilidade de duração maior ou menor dessa vida. A dignidade da pessoa humana prescinde a duração de sua vida”, disse.
O ginecologista e deputado federal José Pinotti, que também participou do programa da TV Nacional, informou que de cada mil partos, um é anencefálico. Mas acrescentou que as estatísticas não são seguras, porque ocorrem abortos durante o período de gestação. A causa da doença, segundo ele, está relacionada à falta de ácido fólico, ocorrendo em pessoas que sofrem de desnutrição ou não se alimentam adequadamente.
Segundo Débora Diniz, doutora em Antropologia e pós-doutora em Bioética, e que também participou do programa, nenhuma mulher das que acompanhou teria se arrependido de interromper a gravidez neste caso. “Nós não temos anencéfalos entre nós. Chamar de criança alguém que vive por sete minutos é uma tortura para as mães. O que essas mulheres precisam é de conforto espiritual neste momento”, disse.
Agência Brasil
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