No total, a verba para compra de terras chegará a R$ 1,338 bilhão neste ano - R$ 838 milhões autorizados no início de 2006 mais o crédito especial de R$ 500 milhões. O montante é 3,4 vezes maior que o do primeiro ano do governo Luiz Inácio Lula da Silva, que foi de R$ 409 milhões.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Agrário, os gastos deste ano com aquisição de terras para assentamentos são os maiores desde 1999, quando teve início o segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso. Dos R$ 838 milhões autorizados no início deste ano para operações de aquisição de terra, o Incra empenhou até agora R$ 713 milhões.
Especialista em análises de execuções orçamentárias, o cientista político Edélcio Vigna, do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), avalia que o Incra vai repetir a má performance de anos anteriores: gastar pouco de suas verbas no primeiro semestre, por causa de problemas de contingenciamento de recursos, e correr para cumprir metas no segundo.
O Incra, conforme números oficiais do governo, só executou 12,6% do orçamento destinado a programas fins da reforma agrária, aqueles que beneficiam diretamente as famílias acampadas e assentadas.
Terra Redação
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