Um gerente do Banco do Brasil foi morto na manhã desta terça-feira após um roubo a uma agência na cidade de Luzilândia, no noroeste do Piauí, divisa com o Maranhão. Dois bandidos morreram no confronto com os policiais.
Segundo o delegado-geral da Polícia Civil local, James Guerra, seis homens armados invadiram a agência, no centro da cidade, por volta das 9h30. Após atirarem contra as portas de segurança, eles renderam os clientes e o gerente Humberto Rodrigues Veloso, 54. A agência estava lotada. A polícia não soube precisar quanto foi roubado, e o Banco do Brasil não informou o valor subtraído "por medidas de segurança".
A ação levou 40 minutos, e houve confronto entre o grupo e a polícia na saída da agência. Um bandido identificado por Magnum foi atingido na cabeça e morreu em seguida no Hospital Geral Gerson Castelo Branco.
De acordo com Guerra, os bandidos fugiram em uma caminhonete importada e levaram o gerente como refém. Uma das rodas do carro foi atingida na troca de tiros e, para seguirem na fuga, os assaltantes abandonaram o veículo e roubaram outro, rendendo o motorista.
Antes, porém, assassinaram Humberto Veloso com um tiro na nuca e abandonaram o corpo na via. Em seguida, a polícia encontrou também o corpo de outro bandido. Não se sabe se ele foi morto pelos policiais ou pelos comparsas.
A polícia apreendeu uma submetralhadora e uma escopeta. Quatro assaltantes estão cercados em uma região de mata fechada próxima da cidade de Joca Marques, na divisa entre os dois Estados.
Em nota, o Banco do Brasil afirmou que a agência de Luzilândia "atende a todas as exigências legais de equipamentos e procedimentos de segurança". Entretanto, segundo o delegado, as câmeras de segurança não estavam funcionando no momento do assalto. O posto ficará fechado no decorrer desta semana, segundo o BB.
POLÍCIA CIVIL EM GREVE
O efetivo policial permanente de Luzilândia é de três policiais civis. A cidade recebeu reforços de grupos militares da capital, Teresina, e do Maranhão, e concentra-se agora nas buscas pelos fugitivos.
Apesar das queixas do Sinpolpi (Sindicato dos Policiais Civis de Piauí) sobre desaparelhamento e obsolescência do corpo profissional da categoria, que deu início à greve da Polícia Civil no Estado que já dura 18 dias, o delegado-geral nega que o contingente de Luzilândia tenha sido afetado: "praticamente não existe Polícia Civil por lá".
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