Trabalhadores em frigoríficos de Campo Grande entram em greve a partir de sexta-feira (5), por tempo indeterminado.
A decisão foi tomada em assembléia geral da categoria no último sábado, depois que o sindicato patronal se recusou discutir a pauta da Convenção Coletiva de Trabalho 2010, durante mesa redonda convocada pelo Ministério do Trabalho e Emprego no dia 23, “num completo desrespeito à classe trabalhadora”, critica Vilson Gimenes Gregório, vice-presidente do STICD/CG (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes e Derivados de Campo Grande) e presidente da FTIAA/MS (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins de Mato Grosso do Sul).
Segundo ele, o prazo legal, de 72 horas após a comunicação às empresas, deveria ocorrer na quinta-feira, “mas as empresas foram negligentes e mal intencionadas até nisso, se recusando a receber o comunicado oficial da decisão da greve.
Tivemos que enviar por AR, por isso a paralisação só se dará a partir do dia 5”, explicou o sindicalista.
O principal entrave entre os donos de frigoríficos e empregados, através de seus respectivos sindicatos, se dá na questão salarial.
Os frigoríficos querem conceder 4,36% de reajuste enquanto os trabalhadores querem piso de R$ 615,00 e aumento real de 11% para quem ganha acima desse valor. “Os empresários, ao que tudo indica, estão pagando para ver.
Vamos paralisar sim e provocar grandes prejuízos econômicos para eles. Aí sim, certamente, vão sentar conosco e negociar como profissionais que somos”, criticou Gimenes.
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