O que parecia ser uma gincana por telefone, na qual o vencedor ganharia R$ 1 milhão em prêmios, tornou-se um prejuízo de quase R$ 800 para uma família em Atibaia, no interior de São Paulo. Tratava-se de um golpe para obter créditos para celulares pré-pagos. Para a polícia, a ação pode ter partido de um presídio do Rio de Janeiro. A informação foi publicada no jornal Diário de São Paulo.
A filha do comerciante Bogos Parsekian, de 64 anos, atendeu o telefone de casa às 14h. Do outro lado da linha, o golpista se identificou como operador da Telefônica e disse que a garota havia recebido a 'ligação premiada 15'. Só por isso, ela já havia ganhado TVs de plasma, computadores portáteis, celulares e três meses de ligações gratuitas.
Para dar credibilidade ao golpe, o falsário confirmou alguns dados da vítima, como endereço e nome do assinante da linha. Tais dados, segundo a polícia, podem ter sido obtidos na internet. Em seguida, o golpista anunciou a suposta gincana. Falou que a garota poderia ganhar mais prêmios.
- Ele pediu para minha filha comprar crédito de celulares pré-pagos e dar o código dos créditos na ligação - contou o comerciante.
Iludida, a garota comprou os créditos. O criminoso chegou a ficar mais de duas horas e meia ao telefone.
- Sempre que minha filha falava ao telefone, ela tinha de dizer 'ligação premiada', em vez de 'alô', como se fosse realmente uma gincana. Ela sequer desconfiou do golpe - disse Parsekian.
Por fim, o estelionatário deu um número de telefone para a vítima negociar a retirada dos prêmios. Quando ela ligou, descobriu que havia levado um golpe e acionou a polícia. Segundo o delegado Sebastião de Oliveira, de Atibaia, esse tipo de golpe já foi registrado na região. Ele suspeita de envolvimento do crime organizado no Rio de Janeiro.
- A ligação tinha prefixo 21, do Rio.
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