Mesmo com a constatação, pelo Ministério da Educação, de que um em cada três cursos superiores do país é de baixa qualidade e quase 40% das instituições de ensino superior têm resultado insatisfatório, o presidente da Câmara de Ensino Superior do Conselho Nacional de Educação (CNE), Paulo Speller, considera que, de forma geral, a qualidade do ensino superior no país tem melhorado nos últimos anos.
“Não há uma tendência no sentido da piora. Temos acompanhado o processo de avaliação e temos visto resultados positivos”.
Na avaliação do conselheiro, a avaliação e as supervisões feitas em cursos que recebem notas consideradas insatisfatórias têm dados resultados positivos e melhorado a qualidade de instituições ao longo dos anos.
“Nos casos que chegam ao conselho e também temos sido rigorosos”.
Em relação à distância dos números que medem a qualidade da instituições públicas e privadas, Speller diz que a diferença ainda reflete o modelo de expansão do ensino superior adotado na década de 1990, que privilegiou a abertura de novas vagas na rede particular.
“As instituições públicas têm critérios de qualidade muito vigorosos, com laboratórios, bibliotecas e, principalmente, a seleção dos estudantes”, comparou.
Além disso, segundo Speller, é preciso melhorar a qualidade da educação básica para que os resultados se reflitam no ensino superior nos próximos anos
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