Ao contrário dos outros times qualificados para esta etapa, que terão confrontos caracterizados pelo equilíbrio de forças - Alemanha x Argentina, Inglaterra x Portugal e Brasil x França -, a Itália tem, pelo menos em teoria, um desafio menos complicado pela frente, encarando uma Ucrânia sem qualquer tradição em Copas e que ainda protagonizou, com a Suíça, o pior jogo das oitavas-de-final do torneio.
Porém, o time dirigido por Marcello Lippi, que defende contra os ucranianos uma invencibilidade de 22 jogos, com 13 vitórias e nove empates - um deles contra a própria Ucrânia (0 a 0), na fase final de preparação para o Mundial -, não deve entrar em campo relaxado por causa da aparente fragilidade da ex-república soviética, já que, via de regra, uma "zebra européia" tem atingido as semifinais das últimas Copas.
Para o jogo de hoje, os problemas para a cabeça de Lippi se concentram na defesa italiana. O titular Alessandro Nesta ainda se recupera de uma antiga lesão na coxa direita, sentida novamente na partida contra a República Tcheca, pela primeira fase da competição, e continua fora de combate. Marco Materazzi, substituto imediato de Nesta, foi expulso contra a Austrália e também desfalca a equipe. Dessa forma, quem deve iniciar a partida é Andrea Barzagli, do Palermo, terceira opção do treinador da "Azzurra".
Além dessa substituição forçada, Lippi também pode voltar às origens italianas e modificar o esquema tático de sua equipe, tornando-a mais defensiva. Neste caso, o meia Camoranesi entraria no lugar do atacante Gilardino, cujas atuações na Alemanha não têm agradado.
Do outro lado, o técnico Oleg Blokhin também terá um problema para montar o time. O atacante Voronin, titular contra a Suíça, sofreu uma lesão muscular na coxa e está fora do restante da competição. Por outro lado, os zagueiros Rusol e Sviderskiy devem voltar após cumprirem suspensão nas oitavas.
Embora Blokhin ainda não tenha confirmado o time que pega a Itália, o mais provável é que Vaschuk e Gusin deixem a equipe para a volta dos defensores e que o experiente Rebrov substitua Voronin. Correndo por fora na luta por uma vaga de titular está o jovem Milevskyi, destaque da Ucrânia no vice-campeonato europeu sub-21 deste ano e que entrou bem na prorrogação diante da Suíça, abusando ao bater com um "balãozinho" um dos pênaltis decisivos.
Folha Online
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