Para ver a falta de controle e a volta da inflação não é preciso ser economista
Por Elizio Brites
É um equivoco achar que a inflação será mantida baixa ou sobre controle aumentando as taxas de juros que já são comprovadamente as mais altas do mundo. Isso só se admitia quando a inflação beirava o descontrole total quando governos passados adotavam medidas de impacto para não chagarmos ao caos total.
A ata do Copom – Comitê de Política Monetária do Banco Central - diz que o cenário continua de risco e sinaliza que o processo de controle arcaico e ultrapassado que é o aumento de juros básico deverá ser mantido.
Muita falta de criatividade e até mesmo de habilidade para copiar o que deu certo em outros países como o Japão e os EUA, entre outros, que fazem o oposto. Em vez de aumentarem as taxas de juros, reduzem próximos a zero para que os empregos e a produção não sejam comprometidos.
O Copom decidiu elevar a Selic (a taxa básica de juros da economia) de 11,75% para 12,00% ao ano. O objetivo é conter a inflação e fazê-la convergir para a meta do governo, de 4,50%, com margem de tolerância de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.
Não sou economista, e nem preciso ser, para ver que as medidas adotadas são cruéis para quem produz e gera empregos e mais cruéis ainda para a população que somente são vistos como um mercado com 190 milhões de consumidores que acabam pagando as contas pelos desmandos e pela incompetência do governo que nada faz para reduzir o custo da máquina pública.
Cada dia mais se percebe que se a sociedade não se organizar, gritar e disser “BASTA”, os falsos discursos do Ministro Guido Mantega que a inflação está sobre controle e que o Brasil cresce com solidez fiscal vão continuar ocupando as manchetes e nós consumidores pagando as contas pelo desleixo e falta de rumo dos que ocupam esse “trem da alegria”.
Nenhuma medida séria é apresentada pelo governo que só fala em moderar o crescimento para conter a inflação e trabalha para impedir uma economia aquecida como armas contra essa suposta inflação, quando deveria se esforçar no corte de despesas em todos os níveis da administração pública.
Não adianta o governo falar em estímulos de investimentos reduzindo a expansão de créditos ao setor produtivo e o pouco de crédito disponível via empréstimos em curto prazo e com juros impagáveis, muito menos achar que com o programa (PAC2), que deve gastar quase 1,6 trilhões até 2014, em diversas frentes de serviços públicos, como solução para desempregos.
Todos sabem que isso é apenas gastar os impostos que as empresas e a população paga a duras penas quando deveria centrar esforços para aprovar a reforma fiscal e tributária e adotar medidas eficazes para conter os gastos públicos e combater a corrupção que a cada dia aumenta de forma assustadora no Brasil.
Empresário e Bel. Em Direito.
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