Menu
FARMÁCIA_CENTROFARMA_FULL
sexta, 26 de abril de 2024
FARMÁCIA_CENTROFARMA_FULL
Busca
Busca
Brasil

Produtores remanejam rebanhos no Pantanal

22 Nov 2004 - 14h48
O produtor de gado pantaneiro está movimentando boa parte do rebanho nesta época do ano. Com o aumento da área de pastagem nativa, antes alagada pela cheia do Pantanal, também sobrou mais lugar para a criação. Com isso os rebanhos estão sendo remanejados para ocupar invernadas que estão garantindo um aumento substancial do número de cabeças de gado na região. A pecuária do Pantanal de Corumbá apresentou um crescimento de 27% nos últimos dois anos. Isso significa que a cidade que tem o maior rebanho bovino de Mato Grosso do Sul, hoje está com 1,9 milhão de cabeças de gado, 400 mil a mais do que em 2002. Os números são do Sindicato Rural de Corumbá que comemora o bom rendimento do setor que é o maior da economia do município. Desde 1998, não acontece uma grande cheia no Pantanal. Segundo a Embrapa Pantanal, o pasto que nasce espontaneamente nos locais que foram alagados, é muito mais nutritivo e engorda mais e melhor o rebanho. "Esse pasto é bem melhor do que o plantado e os pecuaristas tem condições de engordar melhor o gado", disse o pesquisador da Embrapa/Pantanal, José Aníbal Comastre. Ele também salientou que o setor passou por um amadurecimento nos últimos anos, o que contribuiu para o crescimento acentuado do rebanho. Para ocupar as áreas disponibilizadas, o produtor está usando de uma pratica que há muito não se via no Pantanal. As comitivas de gado estão se movimentando e rememorando a tradição da marcha da boiada que passa por pastos, picadas e estradas rurais. Em alguns pontos é preciso atravessar corixos, baías e rios. O gado nada sem problema para transpor esse obstáculo. Um cena, que encanta, não só às pessoas que acompanham de longe o trabalho, mas ao próprio peão, apaixonado pelo serviço que faz. “Existem muitas dificuldades pelo caminho, mas no fim o sacrifício compensa”, disse Ivan Mendes de Oliveira que é chefe de comitiva. Ele também explicou que durante a travessia, não há problemas com piranhas, como se imagina e assegurou que o peixe não ataca as reses. “O nosso maior problema é para colocar o gado na água. Tem que ter experiência e uma certa tática. Mas depois que entra no rio ele nada bem”, afirmou Ivan. Ele conduziu duas boiadas este ano e acredita que até o final deste mês ainda seja responsável por pelo menos mais três rebanhos. O gado vai ficar nessas áreas até fevereiro quando estará pronto para ir para o frigorífico. A partir de fevereiro o Pantanal começa a encher de novo e os produtores vão ter que aguardar o ciclo das águas se concluir, para só no final do ano que vem voltarem a criar gado nas pastagens nativas.
 
 
Corumbá Online

Participe do nosso canal no WhatsApp

Clique no botão abaixo para se juntar ao nosso novo canal do WhatsApp e ficar por dentro das últimas notícias.

Participar

Leia Também

Entretenimento
A 47ª Festa da Fogueira de Jateí promete um show inesquecível com Ana Castela - A Boiadeira
MAUS-TRATOS
Cachorros são resgatados dentro de caixa em bagageiro de ônibus
TRAGÉDIA
Mulher passa mal ao ver marido infartar e morre 30 minutos depois dele
SEM ATENDIMENTO
Grávida que morreu sem atendimento 'vomitou sangue pelo nariz e boca'
VICENTINA - PROGRESSO
Prefeito Marquinhos do Dedé lidera avanço histórico rumo ao saneamento completo em Vicentina

Mais Lidas

FOTOS: Ronald Regis e João Éric / Jornal O PantaneiroTRAGÉDIA NAS ESTRADAS
Acidente entre caminhão e carro mata criança de 5 anos em MS
DESPEDIDA
Morte precoce de mulher abala moradores de Mato Grosso do Sul
plantãoESTUPRADOR
Menina de 12 anos estuprada pelo padrasto disse que os dois estavam apaixonados
Itamar BuzzattaTRAGÉDIA NAS ESTRADAS
TRAGÉDIA: Motociclista foi arremessado, capacete soltou e pé foi decepado em acidente
DESPEDIDA
'Tão bonita e cheia de vida': morte precoce de Márcia surpreende moradores em MS