O deputado federal Waldemir Moka, presidente estadual do PMDB, defende a saída do partido do Governo Lula, “para que possamos agir com independência e programar o nosso projeto de poder, lançando candidatos próprios à presidência da República e aos governos dos Estados em 2006”. Moka disse que partido é que nem time de futebol: se não disputa o campeonato começa a perder torcida”.
Moka admite que o PMDB perdeu espaços com o não-lançamento de candidato à Presidência, mas observa que a sigla continua sendo uma das maiores do Brasil: elegeu 1.054 prefeitos, obtendo no primeiro turno da eleição municipal 14,2 milhões de votos, desempenho bem próximo ao do PT e PSDB.
No Mato Grosso do Sul o PMDB foi o partido mais votado, elegeu 13 prefeitos que vão administrar 43% do eleitorado estadual. “Portanto, nós não estamos decidindo com a frustração de derrotados, mas com a responsabilidade de quem tem que seguir a orientação dos nossos filiados e eleitores”, disse Moka aos novos prefeitos do partido, observando que no Estado o PT foi o principal adversário do PMDB na maioria dos municípios.
Moka esclarece que quando defende a saída do Governo Lula, quer ver o PMDB numa oposição construtiva, que ajude nos projetos importantes mas que critique aqueles que não contribuem com o desenvolvimento nacional e com a qualidade de vida da população.
O presidente do PMDB assinalou que o partido não pode referendar as “incoerências do PT”, dando como exemplos o baixo salário mínimo, a relação com, o FMI e a taxação dos aposentados, questões que o PT foi radicalmente contrário no Governo FHC e hoje, com a maior naturalidade, transforma suas bandeiras.
Na avaliação de Moka, o resultado das eleições municipais, com a derrota do PT nos grandes centros, como São Paulo, Porto Alegre, Rio de Janeiro , Curitiba e Santa Catarina, sinalizam que o eleitor está prestando a atenção nestas incoerências “que o PMDB não pode simplesmente endossar ao se manter na base de sustentação do Governo”.
Esta foi a linha de raciocínio que o presidente estadual do partido desenvolveu no encontro dos peemedebistas realizado nesta sexta-feira, certo de que as bases de Mato Grosso do Sul vão aprovar o afastamento do Governo. Até o dia 05 de dezembro o PMDB de MS deve se manifestar, definindo a posição que levará para a convenção nacional de 12 de dezembro, que tratará da posição do partido em relação ao Governo Lula.
Mídia Max
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