O dólar encerrou no menor patamar em quase dois anos e meio nesta sexta-feira, vendido a R$ 2,790, ajudado por fortes ingressos de recursos e pelo declínio do risco Brasil.
Segundo analistas, a forte atuação de bancos na ponta de venda do mercado ajudou a completar o cenário de otimismo sobre a economia brasileira e permitiu que a divisa norte-americana recuasse 1,06%, encerrando no menor patamar desde 24 de junho de 2002, quando fechou a R$ 2,781.
"O pessoal entrou vendendo bem, o dólar rompeu um ponto gráfico importante", afirmou o gerente de câmbio de um grande banco estrangeiro.
O gerente explicou que o movimento está mais concentrado no mercado de dólar futuro, mas acaba influenciando o mercado à vista.
Ele acrescentou ainda que o declínio do risco Brasil e a valorização dos títulos de dívida brasileiros negociados no exterior favoreceram o bom humor no câmbio.
Às 16h43, o C-bond, um dos principais papéis da dívida brasileira no exterior, tinha alta de 0,74% e era cotado a 100% do valor de face. O risco-país, medido pelo banco JP Morgan, recuava 17 pontos, para 439 pontos-básicos sobre os títulos do Tesouro norte-americano.
"Continua o bom humor do mercado, o risco está caindo bem, o fluxo é positivo, o mercado (externo) está apostando em Brasil", afirmou Jorge Kattar, responsável por derivativos do Rabobank.
Outro fator que animou os investidores nesta sessão foi o acordo firmado pelo governo com a oposição, na quinta-feira, para acelerar a aprovação do projeto das Parcerias Público-Privadas.
De acordo com Hélio Ozaki, gerente de câmbio do banco Rendimento, "o mercado está enxergando bem o acordo das PPPs, não há nenhum fator que justifique uma demanda (de compra) por dólar".
O foco principal do mercado na próxima semana está na reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central, e a maioria dos economistas prevê um aumento de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros, atualmente em 16,75 por cento.
Invertia
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