O dólar comercial finalizou o dia a R$ 2,035 para venda, em alta de 0,34% sobre o fechamento anterior. O Banco Central atuou no mercado de forma pouco usual e se absteve de fazer os leilões de contratos do tipo "swap cambial reverso", utilizados nas últimas semanas para sustentar a taxa cambial.
O BC surpreendeu o mercado ao anunciar um leilão de compra de moeda por volta das 11h40, logo após a abertura das Bolsas, em novo dia de valorização. Poucas horas depois, às 15h30, anunciou o segundo leilão de compra do dia. Na primeira operação, comprou moeda à taxa de corte de R$ 2,029 e na segunda, à R$ 2,034.
Para operadores da corretora Finabank, o BC reforçou sua estratégia de aumentar a imprevisibilidade de suas atuações, o que eleva a volatilidade dos negócios, mas também cria uma sensação de "insegurança" entre os agentes do mercado, o que, por enquanto, tem sustentado a cotação acima do "piso" dos R$ 2.
O "grosso" dos negócios de câmbio se concentrava na parte da manhã, quando a maioria dos participantes "derrubava" a cotação para garantir a presença do BC e vender a moeda mais cara para a autoridade monetária. A mudança de diretoria na instituição apontou para uma mudança gradativa de atuação do banco para "combater" a desvalorização do dólar.
Como medida mais visível, a autoridade monetária parou de avisar com antecedência um dia a realização de leilões de "swap cambial", que em geral puxam as cotações para cima. Finalmente, parou de avisar pelo telefone os "dealers" (bancos habilitados para operar com o BC) da realização desses leilões, que seriam notificados somente pelo sistema eletrônico de negociação.
Folha Online
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