O'Connor disse na terça ter sido extra-oficialmente informado que "traços das drogas flufenazina e zuclopenthixol foram encontradas" na contraprova de seu cavalo, Waterford Crystal. O primeiro teste também deu positivo.
A confirmação oficial do resultado dos testes só deve acontecer na próxima semana e há um longo processo judicial pela frente antes que o Comitê Olímpico Internacional (COI) tome a decisão final sobre a perda, ou não, do ouro de O'Connor.
A executiva do COI será o órgão que tomará essa decisão e o último encontro dela neste ano será de 24 a 26 de novembro. O COI foi responsável pelos testes antidoping durante os Jogos de agosto, mas apenas para os 10.500 atletas envolvidos. Exames em cavalos eram obrigação da entidade que comanda o hipismo no mundo, a FEI.
Palavra oficial
Um porta-voz da FEI disse que a entidade ainda não havia recebido um comunicado oficial do laboratório que fez os exames. Quando os resultados chegarem, eles serão analisados pelo subcomitê de veterinários da FEI, talvez na próxima semana.
Se esse subcomitê considerar que o teste que flagrou o cavalo é válido, será pedida uma explicação oficial para O'Connor e o caso será "rapidamente" deliberado pelo comitê judicial, formado por quatro pessoas, disse o porta-voz.
Entretanto, o cavaleiro tem o direito de pedir uma explicação pessoal em casos de doping e isso pode promover atraso de semanas no processo por problemas de agenda.
Para cada sedativo, "uma fração de milionésimo de grama foi encontrada", segundo um comunicado de O'Connor divulgado também na terça.
"Essa quantidades são tão insignificantes que confirmam o que eu disse durante todo este processo: que meu cavalo não teve absolutamente nenhum ganho terapêutico de performance nos Jogos."
Mesmo quando a FEI tomar uma decisão final, o cavaleiro ainda tem 30 dias para apelar à Corte Arbitral do Esporte.
Recentemente, O'Connor acusou "inimigos", dos quais não citou nomes, de tentarem destruí-lo após uma série de reviravoltas no processo, incluindo o roubo de documentos na Irlanda e do teste antidoping, na Inglaterra.
ABC Landliebe, outra montaria do cavaleiro, testou positivo para um sedativo proibido em um evento em Roma, no começo deste ano.
Os cavalos de dois alemães altamente gabaritados no cenário internacional também testaram positivo em Atenas. As contraprovas de Goldfever, montado por Ludger Beerbaum na competição por equipes, e Ringwood Cockatoo, animal que Bettina Hoy usou durante todo o evento, estão sendo examinadas.
A alemã Ulla Salzgeber, que competia no adestramento, perdeu seu título da Copa do Mundo de 2003 após seu cavalo Rusty ter um exame positivo para testosterona. Ela foi suspensa por dois meses.
Terra Redação
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