Apesar de sinalizar disposição em ouvir o ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), o comando regional do PSDB ironizou a proposta “virtual” sobre eventual aliança com o PMDB e se disse mais próximo do PT na disputa para o governo de Mato Grosso do Sul.
“O PMDB apenas anunciou para a imprensa que havia nos procurado, mas não houve nenhuma iniciativa real, apenas virtual”, frisou o presidente regional do PSDB, deputado estadual Márcio Monteiro, referindo-se a declarações de Nelsinho em relação à tentativa de reconciliação com os tucanos.
Na prática, a ideia do PMDB é oferecer a vaga do Senado na chapa de Nelsinho ao deputado federal Reinaldo Azambuja, principal expoente do PSDB no Estado, da mesma forma cortejado pelo senador Delcídio do Amaral, pré-candidato do PT à sucessão do governador André Puccinelli (PMDB).
A cúpula tucana se reuniu na tarde de segunda-feira (27), em Campo Grande, para discutir a conjuntura política estadual. Da reunião, além de Monteiro, participaram o senador Ruben Figueiró e Reinaldo Azambuja.
De acordo com o comando partidário, a reunião serviu para que eles pudessem avaliar o quadro eleitoral de 2014, com vistas às alianças e definições de candidaturas.
“Conversas concretas até o momento tivemos apenas com o senador Delcídio”, disse Reinaldo, salientando que recentemente houve uma “manifestação de intenção do ex-prefeito Nelsinho Trad, que não se efetivou em ações propriamente ditas”.
Quanto à definição de candidaturas, Azambuja disse que mantém a posição inicial de aguardar os acontecimentos para poder se definir.
Ele afirmou que nas conversas que tem mantido com Delcídio e com a cúpula nacional do PSDB “tem a garantia” de que não haverá obstáculos dos diretórios nacionais para que haja uma coligação “pontual” entre os dois partidos em Mato Grosso do Sul.
“Se houver uma aliança entre PT e PMDB não restará alternativa em lançar uma candidatura tucana ao governo do Estado”, avisou o deputado tucano.
Em relação ao Senado, Azambuja destacou ser importante aguardar o dia 7 de abril, que será a data em que o governador terá que se definir se continua no Governo ou se afasta para ser candidato.
De acordo com Figueiró, a reunião foi importante para nivelar as informações sobre os desdobramentos políticos em Mato Grosso do Sul, no tocante às conversações com as lideranças de outros partidos.
Tanto o senador como os deputados reiteraram que o atual momento político é o de “conversação” e não de “definição”.
“É importante ficar claro que “estamos abertos a todos os partidos para dialogar e encontrar pontos de convergência, pois o interesse verdadeiro é atender aos anseios da sociedade”, colocou Figueiró.
De acordo com Monteiro, em recente conversa com o vereador Zeca do PT, “ficou claro que há boa vontade de ambos os lados em fazer essa parceria”.
“Vamos agora ouvir o ex-prefeito Nelsinho Trad para saber o que ele está pensando sobre o processo sucessório”, disse o dirigente tucano por meio de sua assessoria de imprensa.
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