A ministra da Agricultura Tereza Cristina está ‘esgotada’ e prestes a pedir para deixar o governo de Jair Bolsonaro. A avaliação é de aliados da sul-mato-grossense, que faz trabalho de destaque no Governo federal.
São muitas as causas do estresse. Começando pelo gabinete do ódio bolsonarista, que vez ou outra vira seus canhões digitais para a ministra. O motivo, na cabeça do chamado núcleo ideológico, é que Tereza ‘defenderia’ demais a China. Lembrando: o país asiático é, de longe, o maior comprador de produtos agrícolas nacionais.
Além disso, o Democratas, partido da ministra, está em rota de colisão frontal com Jair Bolsonaro. Tereza Cristina fica no meio, acalmando ânimos de um lado e de outro.
E agora, pra completar, o ‘projeto anti-impeachment’ de Bolsonaro pode afetar diretamente a pasta da Agricultura. O Centrão, grupo de partidos conhecido pelo afã à cargos públicos, mira justamente o Ministério comandado por Tereza. A ministra é pressionada a ceder vagas, inclusive de segundo escalão na pasta, aos novos aliados bolsonarista.
Exemplo é que o Centrão cresceu o olho sobre a pasta dela e quer nomear o ex-deputado César Halum (Republicanos), atual secretário de Agricultura do Tocantins, para a Secretaria de Política Agrícola do ministério. O cargo é ocupado por Eduardo Sampaio Marques, nome de confiança da ministra.
Somados, os desgastes afetam diretamente a ministra, que pode ser mais uma baixa no já esfacelado ministério de Jair Bolsonaro.
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