Aproximadamente um ano atrás, durante uma pescaria entre amigos, uma picada de cobra mudou a vida de um jovem Itaporaense, se já não bastasse o acontecido, uma seqüência de erros culminaram na amputação da perna do mesmo.
Segundo a mãe do jovem, o mesmo foi picado e minutos depois deu entrada no hospital municipal Lourival Nascimento da Silva, em uma quinta-feira a tarde. Na chegada ao hospital, a pessoa que o acompanhava levou a cobra que o picou e a passou para a equipe médica, informando ser da espécie jararaca.
Com as informações o médico que lhe atendeu, prescreveu a aplicação do soro antibotrópico, medicação correta. Porém as duas enfermeiras que foram direcionadas ao serviço, aplicaram o soro anticrotálico, que é medicado somente em casos de picada de cobra da espécie cascavel.
Para cada espécie de cobra existem soros específicos contra seus venenos, se o tipo do soro for aplicado erroneamente, ele não terá efeito positivo algum, pelo contrário, pode até prejudicar o quadro clínico do paciente, como neste caso, pois o soro anticrotálico seria mais forte que o antibotrópico, que seria o correto a ser ministrado no paciente em questão.
Com o quadro clínico do jovem se agravando, a família se viu obrigada a transferi-lo para Dourados. Chegando ao Hospital Universitário (HU), o paciente foi direto para UTI. Confiando no prontuário, do hospital em Itaporã, de que o soro correto havia sido aplicado, a família nomeou ao destino a piora no caso. Uma semana depois, com todas tentativas de recuperação esgotadas, não houve outra alternativa a não ser amputar a perna esquerda do jovem, antes que a necrose se alastrasse pelo corpo.
Com o procedimento realizado, em pouco tempo foi dado alta médica, o jovem se adaptou bem a nova rotina e a prótese que hoje usa.
Com o rapaz fora de perigo, apesar do desfecho traumático do caso, a família tomou ciência do que realmente havia acontecido, relatórios do hospital de Itaporã reforçam as suspeitas de erro humano no procedimento realizado, assim sendo a família entrou com processo contra o hospital e contra as profissionais.
Em conversa com o advogado do rapaz, o mesmo esclareceu que todos os documentos aqui citados estão em anexo ao processo, o mesmo está disponível para sociedade no site do tribunal de justiça estadual.
Tomando ciência do erro e do processo, a administração vigente na data do acontecido, afastou as profissionais envolvidas no caso, até a resolução do mesmo.
No entanto, com a nova administração, a revolta da família aumentou ainda mais. Em janeiro deste ano, a atual administração readmitiu uma das funcionárias em questão.
“Um absurdo a atual administração readmitir a profissional, e se ela cometer outros erros com outros pacientes, será que o prefeito ou a secretaria de saúde tem coragem de deixar parentes deles aos cuidados dela”, desabafa a mãe do jovem.
Segundo o advogado do site iFato, não existe uma lei específica para regulamentar o afastamento de funcionários como neste caso. Mas caberia ao executivo a “lei moral” de manter a funcionária afastada até a conclusão do processo e esclarecimentos dos fatos.
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