DEODÁPOLIS - O atual prefeito de Deodápolis, Valdir Luis Sartor (MDB) que concorre à reeleição, pode ser denunciado pelo Ministério Público por ter se unido com o empreiteiro Valdir Santana Silva, que comanda algumas obras no município.
De acordo com a denúncia, outros agentes políticos, como o vereador Francisco Euzébio e a servidora pública Roseli, que é sua esposa, teriam se unido na tentativa de aliciar uma moradora da cidade para disputar uma das cadeiras da Câmara Municipal na eleição deste ano.
A denúncia foi feita anonimamente ao MP, mas o Diário MS teve acesso ao seu conteúdo e as provas da conduta ilícita. São vários áudios em que o prefeito Valdir Sartor fala abertamente em utilizar a máquina pública para obter apoio político na campanha deste ano.
Pelo que se ouve nos áudios, o objetivo dele era convencer uma liderança feminina a apoiá-lo e compor sua chapa de candidatos para a Câmara de Vereadores para preenchimento da cota feminina.
Para convencer a mulher, o prefeito diz: “Você vem trabalhar comigo, te dou um serviço na prefeitura” e também “você vem trabalhar eu te garanto os 4 anos”.
Ouça o áudio aqui
Esse tipo de conduta é vedada pela Justiça Eleitoral e o caso pode ser enquadrado como crime eleitoral e abuso de poder político. Mesmo assim, Valdir Sartor ainda orienta a mulher sobre como esconder a ação da sociedade: “Cê não pode abrir a boca, se não isso aí pega mal, mal, mal”, do contrário poderiam dizer “que você veio por interesse e que eu comprei você”.
A denúncia é anônima e tem provas que não deixam dúvidas já que os áudios com as falas nítidas do prefeito foram encaminhados para o Ministério Público.
Especialistas ouvidos pela reportagem disseram que, com os documentos, o MP pode abrir uma ação de investigação judicial eleitoral por abuso do poder político (AIJE).
Com os devidos trâmites, o caso pode inclusive levar até a cassação do atual mandato do prefeito Valdir e também ao registro de candidato desta eleição, que está em andamento, por ser causa de inelegibilidade, Além disso, as pessoas implicadas no caso poderão responder por crime de formação de quadrilha e associação criminosa, além de improbidade já que o empreiteiro envolvido tem muitos negócios com a Prefeitura Municipal de Deodápolis.
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