O mercado de defensivos agrícolas no Brasil, que em 2010 movimentou US$ 7,3 bilhões em vendas, pode crescer até 15% este ano, influenciado principalmente pelos preços recordes de culturas que usam muito esses produtos, como soja, cana-de-açúcar, milho e algodão.“Podemos ter surpresas positivas”, diz o diretor executivo da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), Eduardo Daher.
Ele observa, no entanto, que o percentual de aumento das vendas de defensivos projetado pela Andef e pelo Ministério da Agricultura é mais conservador, de 4,4% - igual ao crescimento estimado para o Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Daher disse que os produtores brasileiros incorporam mais tecnologias à produção quando a cultura agrícola está com uma boa cotação, o que deve ocorrer este ano. Ainda assim, segundo ele, o Brasil, mesmo sendo o segundo maior consumidor mundial desses produtos, usa bem menos defensivos do que outros países na média por hectare. Ele aponta o “desmonte da extensão rural em 1990” como uma das causas disso, levando a uma má utilização da tecnologia agrícola.
“Usamos, em média por hectare, um décimo do que se usa no Japão, metade dos americanos e um terço dos franceses”, afirmou Daher, após reunião da Câmara Temática de Insumos Agropecuários, no Ministério da Agricultura. No Hemisfério Norte, ressaltou, os agricultores plantam apenas uma safra por ano, enquanto que no Brasil são duas.
Quase 80% dos defensivos vendidos em 2010 foram utilizados nas culturas de soja (46%), cana (11%), milho (10%) e algodão (10%). A maior parte do produto foi vendida em seis estados: Mato Grosso (20%), Paraná (15%), São Paulo (14%), Rio grande do Sul (11%), Goiás (10%) e Minas Gerais (9%).
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