Com base no maior valor apurado para a cesta, de R$ 172,31, em São Paulo, e levando em consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para garantir as despesas familiares com alimentação, moradia, saúde, transportes, educação, vestuário, higiene, lazer e previdência, o Dieese calculou que o mínimo deveria ser 4,14 vezes maior que o piso vigente, de R$ 350.
Ainda assim, a instituição destacou que esta é a menor relação apontada pelo estudo desde dezembro de 1985, quando o mínimo necessário correspondia a 2,76 vezes o piso legal em vigor.
O Dieese salientou que, com a predominância de queda no custo dos gêneros essenciais, o tempo de trabalho necessário para a aquisição da cesta básica, na média das 16 capitais, apresentou ligeira redução em relação a maio.
Desta maneira, em junho, o trabalhador brasileiro que ganha salário mínimo precisou cumprir uma jornada de 96 horas e 4 minutos, enquanto, em maio, eram exigidas 98 horas e 49 minutos. Em junho de 2005, a mesma compra necessitava de 20 horas de trabalho a mais: 116 horas e 49 minutos.
Quando se considera o salário mínimo líquido, após o desconto da parcela referente à Previdência Social, verificou-se, em junho, um comprometimento de 47,28% do valor recebido com a cesta básica. Em maio, este porcentual correspondia a 48,64% e em junho de 2005 chegava a 57,50%.
Agência Estado
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