Os rastros do crime levam a Ciudad del Este, no Paraguai. É lá que quadrilhas especializadas em explodir caixas eletrônicos encontram as ferramentas necessárias. Tem até dinamite.
O tráfico de explosivos preocupa as autoridades brasileiras. Os repórteres Fábio Almeida e Guacira Merlin registraram a ação dos traficantes e descobriram que bandidos contam, inclusive, com assessoria técnica para fazer explosões.
A Ciudad del Este, no Paraguai, faz fronteira com o Brasil. No meio da rua, ambulantes oferecem de tudo, inclusive dinamite. Um dos camelôs diz que consegue o material em pedreiras e que entrega no Brasil. Outro traz a dinamite escondida dentro do casaco. O produtor de reportagem Fábio Almeida combina de voltar depois e não realiza a compra.
O tráfico de explosivos alimenta um número cada vez maior de roubos a bancos. Só no Rio Grande do Sul, foram 12 ataques desse tipo em 2010. O estado de São Paulo também está na mira das quadrilhas: esse ano, já foram explodidos mais de 50 caixas eletrônicos.
No Brasil, exército e Polícia Civil controlam a compra, transporte, armazenamento e venda de qualquer tipo de explosivo. “A alternativa dos criminosos, e sem dúvida sempre uma boa alternativa, pela pouca fiscalização das nossas fronteiras, é a busca destes explosivos no Paraguai, Argentina e o Uruguai”, alerta o delegado Juliano Ferreira, do Departamento Estadual de Investigações Criminais.
O exército diz que está preocupado com os ataques. “Tem sido feito treinamento de pessoal, investido em tecnologia da informação para a gente conseguir coletar mais informação e dados para a gente distribuir nas investigações dos órgãos de segurança pública”, garante o capitão Reuel, da Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados do Exército.
Para não chamar a atenção da polícia, os criminosos evitam roubos às mineradoras, pedreiras e empresas que trabalham com detonação. Preferem desviar o material. Contam até com a ajuda de alguns especialistas em detonação, chamados de “blasters”.
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