O estopim da crise foi o fato de a esposa de Marçal, a radialista Kelyana Fernandes, ter montado uma chapa para a eleição do PMDB Mulher. Artuzzi atacou Marçal e o acusou de encher o diretório municipal do partido com familiares e funcionários da emissora de rádio de sua propriedade.
O deputado disse ao Correio do Estado que vai procurar esta semana o governador eleito André Puccinelli para tratar do assunto e não descarta a possibilidade de deixar o PMDB. "Ainda é muito cedo pra falar em sair, mas eu não posso estar num partido em que o tal de Marçal manda", afirmou.
Ari Artuzzi disse ainda que não se sente respeitado dentro do partido, apesar de ter tido 31 mil votos no município para deputado estadual (Marçal foi candidato a deputado federal, somou cerca de 20 mil votos em Dourados e, no geral, ficou como 1º suplente de sua coligação). "Tenho de ser respeitado. Tive mais votos que todos os candidatos juntos", acrescentou.
Artuzzi também atacou o único vereador do partido na Câmara Municipal, Eduardo Marcondes, que fez uma composição com o PT e o PR (antigo PL) para se eleger vice-presidente do legislativo municipal. "Esse tal de Eduardo acertou com o PT. Esses dois ‘bola murcha’ (referindo-se também a Marçal) nunca quiseram que eu entrasse no PMDB", encerrou.
Contra-ataque –
Marçal acrescentou que Kelyana Fernandes apresentou chapa para o PMDB Mulher porque ninguém se propôs a fazer o mesmo, mas, que se for o caso, entrega ao grupo de Artuzi. "Se o problema for esse, a gente entrega pra ele na hora. Pra Kelyana seria um favor", disse o presidente do PMDB.
Marçal Filho disse que não entende as reclamações de Artuzzi sobre falta de espaço no partido. Segundo ele, dos 45 membros eleitos para o diretório municipal, 18 são ligados ao deputado. "Eu indiquei apenas cinco nomes e o Marcondes, outros cinco. O Ari ficou com 18 e o restante foi indicação dos próprios membros do partido", encerrou.
Marçal Filho afirmou que não esperava a atitude de Artuzi. Ele afirmou que o deputado estadual tem um comportamento instável e que iria submeter o pedido de renúncia do deputado e de seu grupo político à executiva do partido, que teria uma reunião na noite de ontem. "Um político como ele, que quer ser candidato a prefeito precisa ter estabilidade emocional, conversar, dialogar", afirmou.
Correio do Estado
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