A Polícia Federal indiciou nesta terça-feira (15) o ex-deputado Eliseu Padilha (PMDB-RS) por suspeita de formação de quadrilha e de fraude na licitação de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) no Rio Grande do Sul.
Padilha, que não se reelegeu para a Câmara dos Deputados, é um dos aliados mais próximos do vice-presidente Michel Temer no comando da máquina peemedebista. Atualmente Padilha preside a Fundação Ulysses Guimarães, ligada ao partido. Ele também foi ministro dos Transportes (governo FHC).
O indiciamento ocorreu hoje à tarde, após Padilha prestar depoimento na Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários da superintendência da PF no RS. A PF não deu detalhes alegando que o caso corre em segredo de Justiça.
OPERAÇÃO SOLIDÁRIA
A PF chegou a Padilha no curso da chamada Operação Solidária, destinada inicialmente a apurar superfaturamento e desvio de dinheiro da merenda escolar em prefeituras da região metropolitana de Porto Alegre.
A investigação se desdobrou em vários inquéritos com o surgimento de indícios de fraudes nas licitações de obras de infraestrutura.
O peemedebista é investigado em inquérito sobre suposta fraude na licitação para a construção de barragens de Jaguari e Taquarembó, no Rio Grande do Sul. Orçadas em R$ 150 milhões, as obras integram o PAC.
Em 2008, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello autorizou que Padilha, então congressista com prerrogativa de foro privilegiado, fosse investigado.
PAGAMENTOS
Em 2009, a revista "IstoÉ" publicou trechos do inquérito sigiloso que apontava que a PF rastreou depósito de R$ 267 mil da MAC Engenharia, uma das empresas investigadas pela PF, na conta de uma das empresas de Padilha, em 2007.
Interceptações telefônicas, realizadas com autorização judicial, também captaram diálogos entre Padilha e empreiteiros investigados. Em um deles, o dono da MAC Engenharia, Marco Aurélio Camino, afirma que vai "viabilizar cem" para Padilha --seria uma menção cifrada a valores, segundo interpretação da PF.
OUTRO LADO
A Folha procurou o ex-deputado Padilha hoje à tarde, mas ele não foi encontrado. Sua assessoria informou que ele estava em reunião e que emitiria uma posição sobre o indiciamento ainda hoje.
Em ocasiões anteriores, a defesa de Padilha afirmou que o pagamento de R$ 100 mil, citados no grampo, era relativo à venda de um imóvel no litoral do RS. Os R$ 267 mil seriam referentes a uma consultoria prestada pelo escritório do então deputado.
A defesa de Camino também negou reiteradas vezes que o empreiteiro tenha integrado um esquema de favorecimento ilegal em licitações ou que tenha pago propina a políticos.
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