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Leia o artigo “Sobre política, corrupção, evangélicos, cuecas e meias”

4 Dez 2009 - 18h15Por Pr. José do Carmo

“Sobre política, corrupção, evangélicos, cuecas e meias”

 

Movido pela indignação, e tomado pelo Espírito que do alto me anima.
Minha fé levou-me a escrever um protesto em forma de rima.
Refletindo sobre os milhares de mortes que todos os dias ocorrem.
Passo a escrever como, quem, e por que no Brasil pessoas morrem.

Crianças: morrem de diversas formas e precocemente, pós - nascidas ou ainda no ventre.
Jovens, mulheres, negros, brancos e pobres, morrem sem assistência ou prece, nas portas dos hospitais, ou filas do INSS.

Morrem vitimados pela violência dos crimes de corrupção, que desviam as verbas da saúde ceifando milhares de vidas. Morrem assassinados por grupos de extermínio, alvos de soldados fardados, milícias ou balas perdidas.
Nos imundos corredores dos hospitais, clamando por seus direitos e ajudas, morrem pessoas de todas as idades vitimas da máfia das sanguessugas.

Morrem por que o crime, o adultério e a corrupção se tornaram artes na telas de cinemas e televisões, destruindo valores e vendendo ilusões. Crime, extorsão e adultério são exibidos como virtudes e artes nos filmes e novelas. A vida imita a arte, a arte imita o crime, e a elite se torna cativa em suas próprias mansões. Não podendo gozar do seu dinheiro, muitas vezes fruto de corrupções.

Os ricos vivem em casas como que em prisão, por que se de cem, setenta não tem nada os trintas que tem tudo não terão sossego não. O egoísmo e a injustiça social são as causas de tal reclusão, pois na mão da minoria esta a riqueza da nação.

Morrem porque os governantes estão preocupados com outras questões. E cristãos se corromperam a preço de “mensalões”. Preocupados em seus reinos construírem ou preservarem, louvam a Deus pelos corruptos que os abençoarem. Elevam aos céus suas orações, agradecendo pelo fruto das vis corrupções. E no dia dos evangélicos, pela TV, o Brasil vê enojado, diante da proposta de mamon seus lideres sendo comprados.

Morrem, pois escassa é a ética que a cristãos norteia, pois padres se tornam pedófilos e líderes evangélicos carregam propinas na cueca e na meia. Distorcendo a graça, ávidos por dinheiro vendem até a Santa Ceia. Blindados pelos textos sagrados, em seus favores distorcidos, tentam calar os profetas dizendo: não nos toque, pois somos ungidos. Amaldiçoam a quem ouse seus métodos questionarem, os lobos travestidos de ternos, batinas e talares.

Morrem, e os profetas permanecem calados, seduzidos pelo poder estão embriagados
Extasiados profetizam o futuro, mas quanto as injustiças presentes ficam em cima do muro, calados e tentando a outros calar, dizendo: Só Jesus pode julgar o importante é o Evangelho pregar!

O sacrifício eucarístico é por Deus rejeitado, pois a inocência do coroinha o sacerdote tem roubado. Homens com homens se entregam a vil torpeza, abandonaram as beatitudes e abraçaram o evangelho da riqueza.

Sacrificam a fé no altar das vaidades, abraçaram os bens do mundo numa clara apostasia, perdeu-se a teologia da cruz e da escatologia. Em meios aos seus discursos, ressurreição e céu tornaram-se ilusões, pois nos bens aqui da terra puseram seus corações. Se Jesus os convidar para a glória, corre o risco de ouvir: para que morar no céu se todos os bens conquistamos aqui?

Em marchas vão seguindo em procissão, extasiados pelos “apóstolos”, em quem tentam tocar a mão, tentando aliviar o sofrimento e a dor, nos placebos do sal, lenço e suor,
Morrem por que os magistrados vendem sentenças se deixando corromper, para manterem o statu quo fruto de o podre poder.

Morrem ouvindo muitos “crentes” dizerem que é à vontade de Deus e só resta aceitar, que quando Jesus voltar então tudo vai melhorar, até lá só nos resta orar. Que tudo é culpa do diabo, então basta a ele amarrar. Vivendo paranoicamente dando tanto poder a um inimigo, já por Cristo vencido, afastando se das Escrituras, ou com base em textos distorcidos, demarcam com urina seus territórios ou fazem chover sobre as cidades, por meio de aviões, sal grosso e óleo ungido

Morrem muitas vezes tomados de desgosto e desespero. Impotentes vendo seus filhos morrerem primeiro. Vitimas da seca, da fome, da subnutrição. Com as mãos estendidas pedindo uma migalha de farinha ou pão.

Morrem porque o suco de limão sem açúcar na mamadeira não possui as mesmas vitaminas do leite materno.
Morrem porque a mãe não se alimenta e sem alimento não se produz leite, e do seu peito a cada sugada só o sangue anêmico escorre. E com o filho morto grudado nele em seguida ela também morre.

Morrem porque as vaquinhas de onde vinha o leite, na morte já os precederam. Ou estão tão debilitadas, por falta do pasto que secou, e a palma xiquexique agora comida de gente virou, e para o gado não mais sobrou.

Morrem porque os homens da televisão não vieram mais não, por que infelizmente nem todo domingo é legal e tampouco da gente. Mas fazer o que? Paciência! Infelizmente fome é miséria são espetáculos que rendem audiência.

Morrem porque a morosidade do governo, e as clausulas da Fome, Miséria, Indigência, impedem investimento no campo, e uma vida melhor ali. Não é mera coincidência se as siglas formam F.M.I.

Morrem porque a indústria da seca precisa se manter, como trampolim que dá acesso e mantêm muitos no poder.

Morrem porque aquela verba a eles destinada tomou outro rumo;
Morrem porque o governo deu a terra, mas não o insumo.

Morrem de posse de uma fé alienante e cara, sem ter saciado sua sede na fonte da Livre Graça, substituídas por valores levados em meias, cuecas e malas.

Morrem sem sonhos, sem esperança e às vezes sem registro e nem mesmo nome.
Morrem porque se zerou a vida e a esperança antes da fome.

Morrem de fome e sede, em cima de uma terra produtiva que se tendo investimento e boa vontade, e ela perfurando do seu seio a água jorrara.

Morrem como pessoas anônimas e fortes que não admitem matar, e são plantados na terra, como sementes que morrem pra ressuscitar.

Morrem deixando na mente de quem refletindo sobre a morte repensa a vida, duas perguntas que não querem e não pode calar: Até quando mortes dessa forma vão continuar? E Igreja Cristã brasileira onde você esta?
Estive com fome e me deste…
Estive com sede e me
deste…
Estive nu e me…

Pr. José do Carmo da Silva (José do Egito)

 

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