Começa a funcionar nesta quinta-feira (29) a divisão paulista de uma força-tarefa do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que vai caçar fraudes entre 130 mil benefícios no país. A suspeita é que eles tiveram ajuda ilegal na hora da concessão.
O "Plano de Ação de Revisão de Benefícios com Indícios de Irregularidades", como foi batizado, conta com um contingente inicial de 344 servidores, divididos em 12 equipes no país. Na gerência regional de São Paulo, atuarão 25 profissionais, que vão avaliar processos de todo o Estado.
A portaria que criou o Plano de Revisão prevê a conclusão dos trabalhos em 14 de dezembro deste ano. O objetivo é que os 130 mil benefícios, concedidos até 21 de janeiro deste ano, sejam checados durante o período.
Empresa-fantasma - A desconfiança do INSS é que houve a inclusão indevida, em seu banco de dados, de informações falsas, com o intuito de agilizar a aposentadoria. No esquema montado, a contagem de tempo de contribuição levava em conta períodos não realmente trabalhados. Para tanto, foram usados CNPJs (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, espécie de CPF de empresas) de empresas que já fecharam.
O fraudador seria beneficiado da seguinte forma: em vez de ter de trabalhar (e pagar o INSS) durante 35 anos para se aposentar por tempo de contribuição, ele tinha contabilizados pelo INSS 20 anos falsamente trabalhados para a empresa fictícia. Com isso, só precisaria de outros 15 anos.
O INSS de São Paulo informou não ter, ainda, o número de benefícios no Estado que estão na mira.
Folha Online
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