Pouco mais de metade dos pacientes internados em unidades de terapia intensiva, em todo o mundo, portam infecções, e a probabilidade de que morram ainda internados é duas vezes maior que entre os pacientes não infectados, de acordo com um novo estudo.
O estudo avaliava o estado infeccioso de mais de 13 mil pacientes em 1,2 mil UTIs não cardíacas espalhadas por 75 países, em um período de um dia ¿ 8 de maio de 2007. Os resultados indicam que 51% dos pacientes tinham infecções, mais comumente nos pulmões, enquanto 71% deles estavam sendo tratados com agentes de combate a micróbios. Um quarto dos pacientes portadores de infecção morreram, comparados a pouco mais de um décimo dos pacientes sem infecções.
Os resultados do estudo foram publicados na edição de 2 de dezembro da revista Journal of the American Medical Association.
O Dr. Steven Opal, especialista em doenças infecciosas na escola de medicina da Universidade Brown e autor de um editorial que acompanha o artigo, disse que as constatações são desanimadoras. "Gastamos muito dinheiro em campanhas de estímulo à lavagem de mãos", disse Opal em entrevista, acrescentando que "elas tiveram certo impacto, mas não mudaram a trajetória do problema".
Quanto mais tempo um paciente permanece em tratamento intensivo, maior o risco de infecção: nos pacientes que estavam internados em UTI por um dia ou menos, o risco era de 32%, e subia a mais de 70% para aqueles que estavam internados em UTI há uma semana ou mais.
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