Tudo começou na noite de segunda-feira, numa briga entre vendedores de frutas e um entregador. Um dos feirantes se fingiu de autoridade e ameaçou usar seus poderes para encerrar a discussão a seu favor, informou a imprensa.
Quem assistia à discussão acabou se irritando com essa tentativa de abuso de poder e se envolveu na briga. Moradores disseram que a multidão chegou a 20 mil pessoas.
Segundo o site do jornal Ming Pao, de Hong Kong, foi necessária a intervenção de mil integrantes da tropa de choque, que usaram gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar os desordeiros. De acordo com um informe oficial publicado no site do governo de Wanzhou, cinco pessoas foram presas por queimar e virar viaturas policiais e por roubar um computador de um prédio do governo. O informe não esclarecia as causas da confusão.
Vem crescendo na China a insatisfação pelo abuso de privilégios, com o aumento cada vez maior do fosso entre ricos e pobres. Centenas de milhões de camponeses estão excluídos do boom da economia.
Um policial de Wanzhou reconheceu que houve tumultos na segunda-feira, mas não quis dar detalhes. Segundo o jornal Ming Pao, tudo começou com uma discussão entre um homem e uma mulher. O homem havia esbarrado na mulher. Ela então ligou para um outro homem, que chegou ao local e espancou o entregador, chegando a ameaçá-lo de morte.
"A multidão impediu o casal de sair. Depois a polícia os levou. Quando se especulou que o homem era uma autoridade do governo, as pessoas ficaram muito irritadas e invadiram a sede do governo". Na quarta-feira, as autoridades locais ainda pediam calma aos moradores.
Numa reunião de emergência, o governo reforçou que não houve envolvimento de autoridades no incidente.
Terra Redação
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