O principal grupo agrícola da China, Heilongjiang Beidahuang Nongken Group, anunciou nesta segunda-feira (14/03) que irá adquirir ou arrendar 200 mil hectares de cultivo em países latino-americanos, como o Brasil. O país asiático também vai investir na Rússia, nas Filipinas, na Austrália e no Zimbábue.
O presidente do grupo, Sui Fengfu, afirma que as aquisições serão feitas ao longo deste ano. A empresa, que é estatal, já investiu mais de US$ 38 milhões, entre 2005 e 2010, em uma expansão global cuja estratégia varia de acordo com cada país-alvo, segundo Sui. "Na Venezuela e no Zimbábue o grupo fornecerá principalmente maquinário e mão de obra, e, em troca ficará com 20% da colheita. Na Austrália, normalmente adquirimos terra de cultivo local. Já no Brasil e na Argentina, o modelo de negócio envolve o arrendamento das terras", diz o presidente.
A China, país com 1,34 bilhão de habitantes, a maior população do mundo, sofre um déficit agrícola que levou as autoridades a buscarem áreas de cultivo fora de seu território. Para Wang Yunkun, subdiretor do Comitê Agrícola do legislativo chinês, países como os da América Latina, por exemplo, têm terrenos cultiváveis e necessitam da tecnologia e investimento da China. “´É uma solução que faz com que as duas partes saiam ganhando", garante.
Participe do nosso canal no WhatsApp
Clique no botão abaixo para se juntar ao nosso novo canal do WhatsApp e ficar por dentro das últimas notícias.
Participar