Embora tenha apresentado ganho financeiro abaixo do esperado, o cultivo de cana-de-açúcar teve expansão significativa no ano passado, com produção recorde de 645 milhões de toneladas --alta de 17,4%-- e aumento de 16,5% da área colhida, na comparação com 2007.
Os dados fazem parte do levantamento Produção Agrícola Municipal 2008, divulgado nesta sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A expansão dessa cultura não se refletiu da mesma forma em termos financeiros, já que o valor de produção da cana-de-açúcar subiu apenas 2%. Isso significa, de acordo com o IBGE, que houve redução no preço recebido pela tonelada de cana paga em 2008.
Segundo o órgão, contribuiu para a desvalorização do produto a sobra na produção mundial de açúcar e a queda no preço do petróleo, que tirou o foco, em certo momento, da produção de álcool combustível.
São Paulo segue concentrando a maior parte da cana produzida no país, com 59,8% da produção nacional, ou 386,1 milhões de toneladas.Em seguida vem o Paraná, onde estão 7,9% da safra total do produto, e Minas Gerais, com 7,4% do total. No Estado mineiro, a produção avançou 23,7% frente a 2007.
As maiores expansões, no entanto, foram observadas na região Centro-Oeste. Em Goiás, a produção de cana-de-açúcar foi ampliada em 47,9%; já no Mato Grosso do Sul, houve elevação de 34,9%.
No município de Morro Agudo, no norte paulista, foi observada a maior produção de cana do país, que totalizou 10,3 milhões de toneladas, ou 1,6% da produção total do Brasil.
Laranja
São Paulo, com 78,4% do total, seguiu concentrando também grande parte da produção nacional de laranja, que somou 18,5 milhões de toneladas em 2008. A produção de laranja da Bahia correspondeu a 6% do total, e a de Sergipe significou 4,2%.
Segundo o IBGE, a expansão da área plantada de cana-de-açúcar, em São Paulo, contribuiu de forma indireta para que houvesse um deslocamento da cultura da laranja para outras áreas do Estado.
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