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Amante de Bruno é presa na casa dos pais de Macarrão em MG

5 Ago 2010 - 17h16Por Terra

Fernanda Gomes Castro, amante do goleiro Bruno denunciada pela morte de Eliza Samudio, ex-amante do atleta, foi presa nesta quinta-feira na casa dos pais de Luiz Henrique Romão, o Macarrão, no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves (MG). Fernanda teve a prisão preventiva decretada na quarta-feira e foi detida hoje por policiais de Contagem.

Segundo a polícia, ela será encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) e, depois, será levada ao Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) ou para a Penitenciária Feminina Estevão Pinto, onde está presa Dayanne Souza, mulher do jogador. Fernanda é acusada de ter ficado com o filho de Eliza Samudio durante o sequestro da estudante, que dizia ter um filho do atleta.

Ontem, a Justiça mineira aceitou o parecer do Ministério Público, expedido pelo promotor Gustavo Fantini sobre o desaparecimento de Eliza. A juíza Marixa Fabiane Lopes decretou a prisão preventiva de Bruno, Macarrão, e dos outros sete envolvidos no suposto assassinato da estudante.

Conforme Fantini, todos foram denunciados pela prática de homicídio triplamente qualificado, cárcere privado, sequestro, corrupção de menores e ocultação de cadáver. A exceção é o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, acusado de homicidio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. "O crime foi premeditado, sem dúvida. Bruno foi o mandante e um dos executores", disse o promotor.

O caso
Eliza desapareceu no dia 4 de junho, quando teria saído do Rio de Janeiro para Minas Gerais a convite de Bruno. No ano passado, a estudante paranaense já havia procurado a polícia para dizer que estava grávida do goleiro e que ele a agrediu para que ela tomasse remédios abortivos. Após o nascimento da criança, Eliza acionou a Justiça para pedir o reconhecimento da paternidade de Bruno.

No dia 24 de junho, a polícia recebeu denúncias anônimas dizendo que Eliza havia sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. Na noite do dia 25 de junho, a polícia foi ao local e recebeu a informação de que o bebê apontado como filho do atleta, de 4 meses, estava lá. A atual mulher do goleiro, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, negou a presença da criança na propriedade. No entanto, durante depoimento, um dos amigos de Bruno afirmou que havia entregado o menino na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves, onde foi encontrado.

Enquanto a polícia fazia buscas ao corpo de Eliza seguindo denúncias anônimas, em entrevista a uma rádio no dia 6 de julho, um motorista de ônibus disse que seu sobrinho participou do crime e contou em detalhes como Eliza foi assassinada. O menor citado pelo motorista foi apreendido na casa de Bruno no Rio. Ele é primo do goleiro e, em dois depoimentos, admitiu participação no crime. Segundo a polícia, o jovem de 17 anos relatou que a ex-amante de Bruno foi levada do Rio para Minas, mantida em cativeiro e executada pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola ou Neném, que a estrangulou e esquartejou seu corpo. Ainda segundo o relato, o ex-policial jogou os restos mortais para seus cães.

No dia seguinte, a mulher de Bruno foi presa. Após serem considerados foragidos, o goleiro e seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, acusado de participar do crime, se entregaram à polícia. Pouco depois, Flávio Caetano de Araújo, Wemerson Marques de Souza, o Coxinha Elenilson Vitor da Silva e Sérgio Rosa Sales, outro primo de Bruno, também foram presos por envolvimento no crime. Todos negam participação e se recusaram a prestar depoimento à polícia, decidindo falar apenas em juízo.

No dia 30 de julho, a Polícia de Minas Gerais indiciou todos pelo sequestro e morte de Eliza, sendo que Bruno responderá como mandante e executor do crime. Além dos oito que estão presos, a investigação apontou a participação da atual amante do goleiro, Fernanda Gomes Castro, que também foi indiciada. O jovem de 17 anos, embora tenha negado em depoimentos posteriores ter visto a morte de Eliza, aguarda decisão do Juizado de Menores e pode pegar até três anos de internação.

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