Depois de colocar entraves para a importação de eletrodomésticos brasileiros, o governo argentino agora decidiu criar barreiras para as autopeças.
Na quarta-feira, o governo assinou decreto em que limita a 40% do valor total do automóvel a presença de autopeças importadas. O Brasil é o principal fornecedores de autopeças da Argentina.
A lei argentina também reduziu de 14% para 2% a tarifa de importação de autopeças produzidas fora do Mercosul. A medida tem como objetivo baratear a importação de peças produzidas fora da zona de comércio comum e, conseqüentemente, reduzir os custos de produção. Hoje a Argentina importa 29 tipos de autopeças.
O ministro da Economia da Argentina, Roberto Lavagna, irá se reunir na próxima semana com o fórum de competitividade do setor automotivo, que reúne montadoras e fabricantes de autopeças no país vizinho. Eles irão discutir novas estratégias para corrigir as "assimetrias" com o Brasil, segundo o diário "La Nacion".
No início do mês, a Argentina lançou uma série de medidas para reduzir as importações de eletrodomésticos brasileiros. Agora, os vizinhos miram os carros.
Entre as medidas que serão discutidas no fórum estão as sugestões para reforçar o mercado interno, como a melhoria do salário real e a oferta do crédito.
Segundo a Adefa (associação de fabricantes da Argentina), o país pode ser tão competitivo quanto o Brasil se as assimetrias forem eliminadas. A associação defende acordos comerciais com os EUA e com a União Européia.
Mais medidas
De acordo com o "La Nacion", nas próximas semanas o governo irá divulgar as melhorias no sistema de devolução de 10,5% do IVA (imposto sobre valor agregado) para a compra de máquinas.
As medidas protecionistas podem levar ao fracasso do regime automotivo do setor. O acordo, fechado em 2002, prevê a abertura total do mercado automotivo em 2006.
De acordo com a Adefa, o setor fará de tudo para cumprir os prazos, mas sempre terá em vista garantir o futuro da indústria automotiva na Argentina, segundo o jornal "Clarín".
O país deve produzir neste ano, segundo o "Clarín", 250 mil veículos.
No primeiro semestre o Brasil produziu 1,038 milhão de veículos, segundo a Anfavea (associação das montadoras).
Folha Online
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