A folia é soteropolitana, mas uma parcela expressiva dos moradores da capital baiana – 77,9% – preferem mesmo é escapar do Carnaval. Destes, com base em pesquisa feita em julho, agosto e setembro do ano passado, 60,5% preferem ficar em casa e envolver-se em atividades como ver televisão, ouvir música e acessar a internet. O restante viaja e, neste universo, a maioria (89,8%) prefere outras cidades baianas.
Denominada “Suplemento do Carnaval 2010”, a pesquisa foi divulgada na terça-feira, 24, pela Secretaria Estadual de Cultura (Secult) e pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI/Seplan), em parceria com o Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia (Irdeb). O estudo ouviu 9.381 pessoas.
“O grande destaque é que, na medida em que o residente deixa de ir à rua, ele traz novas fontes de conexão, lazer e forma de se aproximar da festa", afirmou a diretora de pesquisas da SEI, Thaiz Braga. Ela destaca que, de acordo com a pesquisa, a maior parte da população não participa de forma presencial mas, dessa parcela, 86,1% fica conectada à festa por meio da televisão.
Para Carlota Gottschall, pesquisadora do Irdeb, o estudo ratificou a intensidade do uso da televisão. “Apostamos que a TV era a prática mais recorrente e, com a pesquisa, isso se confirmou”.
Para ela, além da TV fazer o registro da folia, é o veículo no qual se pode acompanhar outras faces da festa. “A TVE, por exemplo, mostra o Carnaval do interior do Estado, além de uma programação diferenciada em relação aos outros canais”, completou.
Internet - O estudo revelou, também, que 42,6% dos soteropolitanos que não saem às ruas ouvem música e 30,3% acessam à internet. É o caso do estudante de ciências da computação, Saulo Ribeiro, 20 anos. Fã de rock’n roll, ele dispensa axé, samba-reggae e pagode, mas não abre mão da rede mundial de computadores nos seis dias de festejos.
“Tem que fazer algo para passar o tédio e matar o tempo”, contou ele, que confessou assistir pela TV apenas os desfiles das escolas de samba do Carnaval do Rio de Janeiro. Quem também não sai de casa é Juliana Cristina Costa Santos, 20 anos. Ela assume que não gosta do Carnaval, apesar de toda a família ser adepta da festa.
“Costumava ir quando era pequena. Mas, por ser uma festa com muita gente, muitas abordagens policias e, ainda, ter o perigo das brigas, eu deixei de ir há quatro anos”, diz.
Juliana integra a parcela da população que permanece na própria residência lendo livros e que corresponde a 19,6% dos não-foliões. “Eu fico no meu canto e deixo a família curtir. Televisão eu não acompanho de jeito nenhum”, acrescenta.
Pipoca - O estudo atestou, ainda, que a maioria dos soteropolitanos que brincam Carnaval fazem a festa fora das cordas dos blocos e longe dos camarotes. Enquanto 58,9% é composta por foliões pipoca, apenas 15,6% corresponde a pessoas que saem em blocos.
“A pesquisa confirma mais uma série de tendências importantes, como a de que a maioria pula na pipoca. A partir disso, podemos desenvolver políticas públicas para o folião". destacou o secretário de Cultura, Albino Rubim.
A declaração do secretário é feita no ano em que o governo do Estado reduziu em 24% o orçamento para o Carnaval. Em 2010, foram investidos R$ 12 milhões. Este ano, pouco mais de R$ 9 milhões. Por conta da crise orçamentária, muitos artistas contratados para animar o folião pipoca tiveram que reduzir as apresentações.
“Com poucos recursos, isso foi inevitável. Se a proposta fosse beneficiar apenas alguns, outros ficariam de fora, e a gente não quer isso”, completa Rubim.
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