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AMEAÇAS DE MORTE

Jean Wyllys desiste de mandato: veja repercussão

Deputado federal havia sido reeleito para terceiro mandato, mas abriu mão nesta quinta (24) de assumir o cargo. Posse estava marcada para 1º de fevereiro. Políticos, entidades e imprensa internacional comentaram o caso.

25 Jan 2019 - 14h49Por G1

O deputado federal Jean Wyllys, reeleito para um terceiro mandato, comunicou nesta quinta-feira (24) que não assumiria o cargo,citando ameaças de morte e difamação. Veja como a renúncia repercutiu na imprensa internacional e entre políticos e entidades, do Brasil e de fora do país:

 

Reino Unido: The Guardian

 

 

"Único congressista abertamente gay do Brasil deixa o país após ameaças de morte", diz jornal britânico — Foto: Reprodução/The Guardian

O britânico "The Guardian" lembra a amizade de Jean Wyllys com Marielle Franco, vereadora assassinada em março do ano passado. "Sua saída provavelmente aumentará o temor da comunidade LGBT no Brasil de que a homofobia aumente ainda mais sob o governo do presidente Jair Bolsonaro, que ganhou notoriedade por sua evidente homofobia", diz o jornal.

 

Estados Unidos: The New York Times

 

 

"'Eu preciso permanecer vivo': legislador brasileiro gay desiste de mandato em meio a ameaças", diz chamada do The New York Times — Foto: Reprodução/The New York Times

Nos EUA, o "The New York Times" destaca o papel de Jean Wyllys na luta pelos direitos LGBT, além das ameaças de morte citadas pelo deputado federal. "Wyllys tem sido alvo de ameaças de morte há anos, mas ele disse que essas ameaças se tornaram mais severas depois que Marielle Franco, uma defensora dos direitos humanos que era sua amiga e aliada política, foi assassinada", afirma o jornal.

 

"Legislador brasileiro abertamente gay deixa posto em meio a ameaças de morte", diz o jornal — Foto: Reprodução/The Washington Post

Ainda nos Estados Unidos, o "The Washington Post" lembra dos embates frequentes entre Wyllys e o presidente Jair Bolsonaro, além das medidas de segurança adicionais adotadas pelo deputado após o assassinato de Marielle.

"Wyllys, que foi reeleito em outubro e deveria começar um terceiro mandato em fevereiro, disse que as ameaças de morte contra ele aumentaram significativamente desde que a vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, foi baleada e morta junto com seu motorista em março. Desde então, Wyllys, que representa o Rio de Janeiro, usa uma equipe de segurança", relata o jornal.

 

Políticos e entidades

 

Hamilton Mourão

Hamilton Mourão  — Foto: GloboNews

Hamilton Mourão — Foto: GloboNews

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, se manifestou nesta sexta (25) sobre a saída de Wyllys: “quem ameaça parlamentar está cometendo um crime contra a democracia. Uma das coisas mais importante é você ter sua opinião e ter liberdade para expressar sua opinião”, disse.

 

Ciro Gomes

O ex-candidato à Presidência Ciro Gomes fez um apelo, em sua página no Facebook, para que Wyllys reconsiderasse a decisão:

Janaína Paschoal

Deputada estadual eleita por São Paulo com a maior votação na história do país, Janaína Paschoal comentou o caso no Twitter, afirmando que, "quando esse parlamentar noticia que a causa da renúncia é ameaça, penso ser imperioso investigar. Já não é uma situação pontual, atinge a Democracia", disse.

 

A renúncia é um ato pessoal, unilateral. Surpreende, mas um parlamentar tem direito a renunciar. No entanto, quando esse parlamentar noticia que a causa da renúncia é ameaça, penso ser imperioso investigar. Já não é uma situação pontual, atinge a Democracia.

 
 
 
Luiz Mott

 

Fundador do Grupo Gay da Bahia — primeira associação dos direitos LGBT do Brasil —, Luiz Mott chamou a desistência de "triste verdade" em post no Facebook:

 

 

Rodrigo Maia

Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados — Foto: John Pacheco/G1

Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados — Foto: John Pacheco/G1

Presidente da Câmara, Rodrigo Maia divulgou nota nesta quinta (24)na qual afirmou que ninguém pode ameaçar um deputado e sentir-se impune:

"Lamento a decisão tomada pelo deputado Jean Wyllys. Como presidente da Casa, e seu colega na Câmara, mesmo estando em posições divergentes no campo das ideias, reconheço a importância do seu mandato. Nenhum parlamentar pode se sentir ameaçado, ninguém pode ameaçar um deputado federal e sentir-se impune", afirmou Rodrigo Maia na nota.

Dilma Rousseff

 

A ex-presidente da República Dilma Rousseff se manifestou sobre a saída de Wyllys em posts no Twitter:

 

3/ Quando um parlamentar destemido e corajoso como o deputado Jean Wyllys não considera segura sua presença no país, a democracia não está apenas ameaçada, mas profundamente ferida.

 
 
 
Guilherme Boulos

Ex-candidato à Presidência, Guilherme Boulos afirmou no Twitter que a decisão de Jean foi causada por "sucessivas ameaças e hostilidades".

 

O que levou Jean a essa decisão drástica foram sucessivas ameaças e hostilidades. Ele inclusive já havia denunciado às autoridades e à Comissão de Direitos Humanos da OEA. Exigiremos esclarecimentos e punição dos responsáveis. Foi uma vitória da intolerância.

 
 
 
 

 

Marina Silva

 

Também ex-candidata à Presidência, Marina Silva afirmou que "é lamentável que o deputado Jean Wyllys tenha que abrir mão do seu mandato por sofrer ameaça de morte" em seu Twitter:

 

Chico Mendes sofreu deboche e foi assassinado. Marielle também. É lamentável que o deputado Jean Wyllys tenha que abrir mão do seu mandato por sofrer ameaça de morte. Independente de divergências políticas, a gravidade desse fato exige que a vida de quem é ameaçado seja protegida

 
 
 

Rodrigo Janot

 

O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot comentou um tuíte com a notícia da saída de Wyllys com a palavra "inacreditável":

A advogada Antonia Urrejola acredita que a saída de Jean Wyllys do Brasil é uma responsabilidade do Estado, que não garantiu sua segurança — Foto: CIDH/via BBC

A advogada Antonia Urrejola acredita que a saída de Jean Wyllys do Brasil é uma responsabilidade do Estado, que não garantiu sua segurança — Foto: CIDH/via BBC

A relatora da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, Antonia Urrejola, disse em entrevista à BBC que a decisão de Wyllys "é muito lamentável. Não é possível que, em um estado democrático, autoridades eleitas não tenham as condições básicas para exercer suas funções. Me parece que a situação de Jean é exatamente uma destas situações em que o Estado não foi capaz de blindá-lo com a proteção requerida", afirmou.

A Comissão é vinculada à Organização dos Estados Americanos (OEA).

Graeme Reid, diretor do programa de direitos LGBT da ONG Human Rights Watch, tuítou reportagem da entidade afirmando que "uma voz para os direitos LGBT é silenciada no Brasil".

"Em novembro, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos afirmou que Jean Wyllys, um defensor dos direitos LGBT no Brasil, estava em grande risco, e o Estado não estava fazendo o suficiente para protegê-lo. Ontem, ele desistiu do seu cargo no Congresso por temer pela vida", diz o tuíte.

Na página brasileira, a entidade também afirmou que "nenhum político, da esquerda ou direita, deveria se sentir forçado a abandonar o Congresso por ameaças":

 

Nenhum político, da esquerda ou direita, deveria se sentir forçado a abandonar o Congresso por ameaças. A decisão de @jeanwyllys_real é uma grande perda para todos os brasileiros, que têm o direito de ouvir opiniões diversas e expressá-las sem medo. http://ow.ly/krsW30nrWBO 

 
 
 
 
 

 

Associação de Juízes para a Democracia

 

Em nota, a Associação de Juízes para a Democracia manifestou forte preocupação com a notícia de que ameaças contra a vida Jean Wyllys. Disse que "não há verdadeira democracia sem respeito aos partidos e aos parlamentares de oposição, a suas manifestações, suas opiniões e à integridade física. Qualquer ameaça ou intimidação visando constranger ou calar a oposição deve ser prontamente rechaçada pelas instituições democráticas".

 

Cristiane Brasil

 

A deputada federal eleita pelo Rio de Janeiro Cristiane Brasil também comentou o caso no Twitter:

 

Será que é Deus ouvindo nossas preces ou mais um chilique pra atrair mídia dessa estrela de esquerda decadente? Vai pra Cuba? Angola? China e Rússia vão querer ele?

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