O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) mudou a forma de cadastrar interessados em receber um pedaço de terra através de reforma agrária. Ao invés de apenas pessoas e famílias acampadas à beira das estradas e ligadas a movimentos sociais, agora, qualquer um poderá abrir um cadastro no órgão e concorrer a um lote. Para o Incra, isso é um avanço, já para os movimentos socias de luta por terra, é inadequado por poder beneficiar qualquer pessoa e não apenas quem precisa de um pedaço de chão.
Até poucos dias atrás, só se cadastrava na lista para receber terra, aqueles que estivessem acampados debaixo de lona. Lá, as famílias esperavam a desocupação de uma fazenda, e quando ela fosse adquirida era feito o sorteio entre as pessoas que estavam cadastradas para aquela área. Agora com o novo sistema, basta que a pessoa interessada faça o cadastro no órgão e espere ser sorteada.
Pelo antigo modelo, somente os acampados ligados a um movimento social poderiam se inscrever para receber um lote. A lista era organizada pelos representantes do acampamento e enviada para o Incra, que distribuía os lotes obedecendo os critérios desses movimentos. A lista era enviada para o Incra, que fazia uma lista única entre os assentados para dividir a terra. De abril deste ano em diante, qualquer pessoa, mesmo não sendo acampada ou ligada a um movimento social, pode ir até a sede do órgão e se inscrever para ganhar um pedaço de terra.
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