A taxa de desemprego entre os jovens em todo o mundo aumentou para 13% em 2009, o que representa 81 milhões de pessoas economicamente ativas desempregadas de acordo com relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), denominado Tendências Mundiais de Emprego para a Juventude 2010, divulgado hoje (11).
A organização afirma que essa é a maior taxa de desemprego entre pessoas de 15 a 24 anos desde 2007, quando o número chegou a 73,2 milhões. Entre 2008 e 2009, a taxa de desemprego entre os jovens aumentou 1 ponto percentual, a maior variação anual registrada nos 20 anos de estimativas da organização.
Segundo o relatório, os mais afetados são os jovens que vivem em países em desenvolvimento. Isso porque eles são os mais vulneráveis ao subemprego e à pobreza. O relatório diz ainda que nos países de baixa renda o impacto da crise é mais sentido pela redução das horas trabalhadas e pela redução dos salários daqueles que têm emprego assalariado.
A América Latina e o Caribe, segundo o estudo, têm passado por um crescimento significativo do desemprego, principalmente porque a estrutura do mercado de trabalho é ligada a economias desenvolvidas. Nestas regiões também houve um aumento do emprego vulnerável e dos empregos informais entre 2008 e 2009, quando o número de trabalhadores por conta própria aumentou 1,7 ponto percentual e o número de trabalhadores informais aumentou 3,8 pontos percentuais.
Entre as regiões em desenvolvimento, a taxa de desemprego dos jovens aumentou no Oriente Médio (0,4), Norte de África (0,4), África Subsaariana (0,1), e diminuiu ligeiramente no Sudeste da Ásia e Pacífico (-0,1 ponto percentual).
Na União Européia e nos países desenvolvidos a taxa de desemprego registrada no ano passado foi de 17%, a maior desde 1991, quando as estimativas regionais começaram a ser medidas. Os impactos da crise foram sentidos por um aumento do emprego vulnerável e no setor informal. O relatório afirma que grande parte dos jovens de países desenvolvidos têm dificuldades para encontrar empregos assalariados e preferem procurar trabalho informal ou acabam contribuindo no trabalho familiar.
Segundo o relatório, há uma correlação entre as taxas de desemprego mais baixas e maiores taxas de emprego vulnerável em todas as regiões do mundo devido à falta de redes de segurança social, como subsídios de desemprego nos países de baixa renda.
O relatório foi divulgado hoje para coincidir com o lançamento do Ano da Juventude da Organização das Nações Unidas (ONU) comemorado em 12 de agosto.
Participe do nosso canal no WhatsApp
Clique no botão abaixo para se juntar ao nosso novo canal do WhatsApp e ficar por dentro das últimas notícias.
Participar