O físico José Goldemberg faz uma estimativa sombria para a Amazônia, se o ritmo de desmatamento não for contido: "A cobertura florestal pode diminuir dos atuais 5,3 milhões de km² para 3,2 milhões de km² em 2050. O desmatamento aumentará as temperaturas da região e automaticamente influenciará no aumento de chuvas e temperatura na região Sul e Sudeste do País, o que afetará a produção de grãos devido às altas temperaturas". O clima do Nordeste também se tornará ainda mais seco influenciado pela savanização da Amazônia, alerta. "São necessárias medidas governamentais severas para diminuir o desmatamento." Goldemberg agora preside o conselho de estudos ambientais da Federação do Comércio do Estado de São Paulo.
A participar da posse do conselho, o professor Paulo Artaxo, do Instituto de Física da Universidade de São Paulo, acrescentou quer o desmatamento na Amazônia é alarmante. No Brasil, queimadas e desmatamentos respondem por 74% das emissões de gases causadores do aquecimento global e apenas 26% são oriundos do uso de combustíveis fósseis. "Em relação aos outros países o nosso problema é muito mais fácil de ser resolvido, mas é preciso uma postura severa por parte dos nossos governantes", disse Artaxo.
O aquecimento no Brasil atinge diretamente a agricultura, disseram os especialistas, segundo a assessoria da Fecomércio. As altas temperaturas comprometem a disponibilidade de água para a agricultura e podem gerar seca em algumas regiões do Brasil, deslocando plantações de laranja para o Sul e de arroz, feijão e soja para o Centro-Oeste.
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