Variante Éris da COVID -19 é identificada pela primeira vez no Brasil na capital Paulista

A mais recente evolução do cenário pandêmico ganhou destaque com a confirmação do primeiro caso da variante EG.5, também conhecida como "Éris", no Brasil. A paciente infectada, uma mulher de 71 anos, residente na movimentada cidade de São Paulo, experimentou o início dos sintomas em 30 de julho. Recebendo atendimento em uma instituição hospitalar privada, ela teve alta no dia seguinte e já está recuperada. Uma reviravolta notável, considerando o caráter imprevisível da Covid-19.

**Detalhes do Caso e Evolução Clínica**

A paciente em questão, cuja identidade foi preservada, é uma moradora da capital paulista, que havia completado seu esquema vacinal. Apesar de seus sintomas terem começado no final de julho, sua rápida recuperação se destacou como um ponto positivo nesse cenário desafiador. O Ministério da Saúde esclareceu que as recomendações sanitárias permanecem inalteradas em resposta à confirmação do caso, destacando a importância contínua da prevenção.

**EG.5: Uma Ramificação da Ômicron**

Em consonância com informações divulgadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a EG.5 é considerada uma subvariante da variante Ômicron, previamente identificada em fevereiro de 2023. Desde então, tem sido observado um aumento constante no número de casos relacionados a essa variante. No entanto, até o momento, a EG.5 não apresentou indícios de maior gravidade ou riscos significativos quando comparada a outras variantes.

**Desafios e Perspectivas**

Apesar de alguns testes terem sugerido que a EG.5 pode evadir o sistema imunológico com maior facilidade, não houve correlação evidente com doenças mais graves. Além disso, o aumento das hospitalizações no Reino Unido não se traduziu em uma proporção alarmante de casos graves em unidades de terapia intensiva.

**A Resposta Oficial e a Importância da Vigilância**

A confirmação da variante Éris foi oficializada pelo Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), recebendo a notificação através de um laboratório hospitalar privado. Enquanto a Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido (UKHSA) revelou que uma variante próxima à Éris, a 5G.5.1, agora representa cerca de um em cada sete casos detectados por testes hospitalares.

**Recomendações e Abordagem Responsável**

Apesar das nuances trazidas por essa nova variante, o Ministério da Saúde enfatizou que as diretrizes de prevenção à Covid-19 permanecem estáveis e não foram alteradas após a confirmação do caso Éris. A condução da investigação epidemiológica está agora sob a responsabilidade da vigilância municipal, uma medida crucial para compreender melhor os padrões de disseminação e contágio.

**Um Chamado à Precaução**

Em um cenário onde a vigilância é a chave para mitigar os riscos, a secretária da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Ethel Maciel, apelou para aqueles com sistemas imunológicos mais vulneráveis para redobrarem a precaução. Pessoas imunocomprometidas, pacientes em tratamento contra o câncer e aqueles que fazem hemodiálise foram aconselhados a usar máscaras em ambientes fechados e aglomerados, contribuindo para uma abordagem mais segura.

**O Caminho a Seguir: Medidas Fundamentais**

A Secretaria Estadual de Saúde, juntamente com o Ministério da Saúde, reforçou a importância das medidas conhecidas pela população, incluindo a higienização frequente das mãos, a prática da etiqueta respiratória ao tossir e espirrar, e, especialmente, a busca ativa pela vacinação contra a Covid-19. O monitoramento das variantes de preocupação, como Delta, Alpha, Beta, Gamma e Ômicron, é continuamente realizado pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) do CVE, bem como pelo Centro de Respostas Rápidas do renomado Instituto Adolfo Lutz (IAL). Esta abordagem vigilante visa garantir que a saúde pública permaneça protegida diante da evolução do vírus e suas ramificações.

Éris: O que Sabemos sobre a Nova Variante de COVID"

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a variante Éris como uma variante de interesse, com casos relatados em mais de 50 países ao redor do mundo. Embora a variante Éris tenha chamado a atenção das autoridades de saúde devido ao seu rápido crescimento global e sua prevalência em nações como Estados Unidos e Reino Unido, a OMS considera que ela apresenta um risco baixo para a saúde pública e não há evidências de que cause casos mais graves em comparação com outras variantes em circulação.

A variante Éris, também conhecida como EG.5, é uma subvariante da Ômicron e foi identificada pela primeira vez em fevereiro de 2023. Seu nome "Éris" foi adotado informalmente nas redes sociais, inspirado na deusa da mitologia grega. No entanto, a OMS utiliza uma convenção de nomenclatura baseada no alfabeto grego para atribuir rótulos simples e fáceis de lembrar a variantes principais, a fim de evitar nomes científicos complexos e a associação a países de origem.

A subvariante 5G.5.1, muito próxima à Éris, também tem sido motivo de preocupação. De acordo com a Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido (UKHSA), essa subvariante agora representa cerca de um em cada sete casos de COVID detectados por testes hospitalares.

A iniciativa da OMS de adotar um sistema de nomenclatura baseado em letras do alfabeto grego tem como objetivo facilitar a comunicação e prevenir estigmatização associada aos países onde as variantes foram identificadas pela primeira vez. A crescente disseminação da variante Éris e suas subvariantes destaca a importância contínua da vigilância epidemiológica e medidas de saúde pública para conter a propagação do vírus.

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