Depois de passar por um período rigoroso de isolamento social por conta da pandemia do novo coronavírus, incluindo o fechamento da fronteira, autoridades paraguaias decidiram flexibilizar a quarentena rígida já no próximo mês, mas ainda está relutante quando a liberação da fronteira, principalmente em Pedro Juan Caballero que faz divisa com o município sul-mato-grossense, Ponta Porã.
No próximo dia 4 de maio, o Paraguai começa a executar a flexibilização em fases, já que o país não teve aumento de mortes nos últimos dias. Com uma população de pouco mais de 7 milhões de habitantes, o país sul-americano registrou, até domingo, 228 casos da Covid-19, nove mortos e 93 pacientes recuperados da doença. Com isso, está entre os menos afetados da região.
Mesmo soltando as rédeas para a quarentena, as autoridades paraguaias ainda não pretendem liberar o acesso à fronteira mesmo com soluções provisórias como uma barreira sanitária. A circulação das cidades vizinhas proporciona o aumento do comércio nas duas regiões e hoje está fechada com valas de 2,5 metros de comprimento para barrar brasileiros em território paraguaio.
Na semana passada, o prefeito de Ponta Porã Hélio Peluffo e vereadores do município solicitaram reunião com representantes de Pedro Juan Caballero (PY), no caso representado pelo empresário Victor Hugo Barreto para um plano de circulação entre a linha de fronteira que posteriormente foi encaminhado ao presidente paraguaio Mario Abdo Benítez. “Pensamos na união entre os poderes municipais e estaduais das cidades irmãs para que se apresentem ao presidente do Paraguai medidas de controle sanitário. Entendemos a preocupação dos Paraguai com relação a COVID-19 mas precisamos levar em conta a realidade fronteiriça: somos duas cidades, mas somos um povo só”, disse o prefeito Hélio.
O prefeito disponibilizou a logística da Vigilância Sanitária do município, e que já manteve contato com o governador Reinaldo Azambuja, que já deu aval em disponibilizar efetivos do 4º Grupamento de Bombeiros Militares para atuarem no controle de entrada e saída de pessoas na fronteira entre os dois países, com os fiscais da Vigilância Sanitárias, que irão identificar pessoas, com possíveis sintomas, casos suspeitos e encaminhar pessoas para exames médicos que possam confirmar possíveis casos de pessoas contaminadas com a Covid-19, com equipamentos como o termômetro digital à laser, testes rápidos, dentre outras tecnologias e logísticas disponíveis em Ponta Porã.
FLEXIBILIZAÇÃO
Segundo portal Porã News, o plano terá quatro fases de acordo com a redução dos casos e cada fase terá um período de duração de três semanas. A primeira fase está incluída a abertura das indústrias e fábricas em geral, serviços de delivery e de cobrança. Também serão retomados os serviços prestados em residências, como salão de beleza e outros, sempre tomando os cuidados para não haver aglomeração de pessoas. A prática de esporte individual será permitida.
Além disso, também se mantém as medidas para manter os serviços essenciais no setor público e a mobilização do setor de provisão de alimentos e insumos médicos. No setor de construção, nesta primeira fase serão incluídos, tanto o setor público e privado. No entanto, somente em obras que ocorrem ao ar livre.
Esta fase seguirá até o dia 21 de maio. Em seguida, será decidido se avançará para a próxima fase. Nesta segunda fase, estão incluídas as lojas comerciais de até 800m², escritórios corporativos, além da permissão para eventos esportivos e culturais sem público.
O Ministro ressaltou que durante todo o processo, avaliações serão feitas para determinar se avança a fase seguinte ou retorna a quarentena total. Os setores econômicos que não cumprirem com as obrigações poderão ser fechados.
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