O mundo católico se despede de uma de suas maiores referências na atualidade. O papa Francisco faleceu na madrugada desta segunda-feira (21), aos 88 anos, na Casa Santa Marta, sua residência oficial no Vaticano, em Roma. A morte foi confirmada pelo cardeal Kevin Farrell, após o agravamento de seu estado de saúde devido a complicações respiratórias.
Jorge Mario Bergoglio, nascido em Buenos Aires, Argentina, em 17 de dezembro de 1936, havia sido diagnosticado com pneumonia dupla e esteve internado por cerca de 40 dias. Mesmo com o quadro delicado, ele fez aparições públicas recentemente: no sábado (19), na Basílica de São Pedro, e no Domingo de Páscoa (20), na tradicional bênção aos fiéis na Praça de São Pedro. Em seu último discurso público, fez um apelo aos líderes mundiais, pedindo que enfrentem a fome e invistam no desenvolvimento social com coragem e generosidade.
Francisco, o primeiro papa latino-americano da história da Igreja Católica, assumiu o pontificado em 13 de março de 2013, após a renúncia de Bento XVI. Escolheu o nome em homenagem a São Francisco de Assis, símbolo de humildade e dedicação aos pobres — virtudes que marcaram todo o seu pontificado.
Antes de se tornar líder da Igreja, Bergoglio trilhou uma trajetória sólida dentro da vida religiosa e acadêmica. Formado em química, optou por seguir a vocação sacerdotal aos 20 anos, entrando no seminário de Villa Devoto e iniciando o noviciado na Companhia de Jesus ainda em 1958. Foi ordenado sacerdote em 1969, tornou-se bispo auxiliar de Buenos Aires em 1992, arcebispo em 1998 e, em 2001, cardeal, nomeado por João Paulo II.
O argentino também foi reitor da Faculdade de São Miguel e doutor em teologia pela Universidade de Freiburg, na Alemanha. Durante a crise econômica de 2001, destacou-se pelo trabalho solidário em meio à população mais carente de sua cidade natal.
Como papa, Francisco ficou conhecido por adotar um discurso mais aberto e progressista, se aproximando das periferias sociais e espirituais. Atuou ativamente na reconstrução de instituições da Igreja e não hesitou em enfrentar temas polêmicos, como os casos de abusos sexuais cometidos por membros do clero. Em 2023, reuniu-se com vítimas desses crimes em Portugal e criticou duramente a postura de setores da Santa Fé diante das denúncias.
Sua gestão também ficou marcada por medidas de inclusão. Em 2025, o Vaticano, sob sua liderança, aprovou diretrizes que permitiram a entrada de homens homossexuais nos seminários, desde que compromissados com a vivência da castidade. A decisão reforçou sua visão de que a Igreja deve ser mais acolhedora, centrada na dignidade humana.
Nos últimos anos, a saúde do papa Francisco exigiu atenção constante. Desde jovem, viveu com apenas um pulmão, devido a uma cirurgia, e, em 2023, ficou hospitalizado por três dias para tratar uma bronquite grave. Também enfrentava limitações motoras, como dores crônicas no joelho, que o levaram a utilizar cadeira de rodas. Em fevereiro de 2025, foi novamente internado com um quadro de bronquite e, apesar dos esforços médicos, não resistiu.
A morte de Francisco encerra um capítulo importante da história da Igreja Católica. Seu papado, repleto de gestos de simplicidade, coragem e compromisso com os mais vulneráveis, continuará sendo lembrado como um símbolo de renovação e esperança para milhões de fiéis ao redor do mundo.
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