Audiência interna, que será realizada no dia 18 de fevereiro, irá definir formas e procedimentos para a realização de análises nas águas do rio Dourados.
Proposta pelo procurador Marco Antônio Delfino, do Ministério Público Federal (MPF), a reunião contará com a participação de membros do Instituto Brasileiro de Recursos Renováveis (Ibama) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgãos que serão responsáveis em fazer a coleta da água e dar encaminhamento da análise de sua qualidade, de forma quinzenal.
A análise da água tem como objetivo apurar a eventual correlação entre o aumento dos casos de câncer na cidade e a poluição do rio Dourados. O rio abastece 70% das residências e comércio do município. A ação que pede a análise do rio é dos ministérios Público Estadual e Federal de Mato Grosso do Sul.
O pedido do MPF e MPE foi acatado pela juíza Raquel Domingues do Amaral, da 1ª Vara Federal de Dourados. A magistrada concedeu a “realização da análise da água oriunda do Rio Dourados ou do subsolo local, para efeitos de averiguação da presença de agrotóxicos acima dos limites admitidos legalmente e que sejam aptos a causarem danos à vida e à saúde da população consumidora, até que se implemente efetivamente a pesquisa de resíduos de agrotóxicos no Laboratório de Saúde Pública do Estado de Mato Grosso do Sul - LACEN/MS”.
Em 2011, O MPF já havia instaurado um procedimento administrativo, a fim de pedir a apuração sobre possível relação entre a contaminação da água do Rio Dourados, por resíduos de agrotóxicos provenientes das lavouras, e o aumento de casos de neoplasias na cidade de Dourados, argumentando ser indispensável a colheita de amostras de água diretamente das residências para análise pelos órgãos de saúde pública.
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